Três lugares para conhecer se você é obcecado por ‘zumbis’

Zumbis estão na moda. Que o digam os fãs da série de TV “The Walking Dead“, ou dos filmes “Zumbilândia”, “Orgulho e Preconceito e Zumbis”, e do cult “Noite dos Mortos-Vivos”, isso sem falar no sucesso do game “Resident Evil”. Para esses entusiastas a “National Geographic” selecionou três lugares especiais para entrar na tradição ou mesmo no mundo dos mortos-vivos.

1- Ritual Vodu, no Haiti

“Ritual Vodu”, quadro da coleção Treger/Saint Silvestre

Viajantes podem se aventurar no país e aprender tudo sobre os zumbis em diversas comunidades. A cosmologia vodu, originária da costa ocidental da África, é organizada em torno dos espíritos, mas o conceito dos mortos-vivos se fundiu com a religião do vodu haitiano e tornou-se crença de que xamãs poderosos poderiam reanimar os mortos.

Os estudiosos acreditam que a palavra zumbi vem do idioma bantu, falada principalmente na República do Congo e Angola, e significa alguém que tem poderes sobrenaturais. Ela se espalhou nas Américas, principalmente no Haiti, durante o tráfico de escravos.

2 – Tour em Senoia, set de ‘The Walking Dead’ (EUA)

Avenida Central de Senoia, set principal das filmagens de “Walkin Dead”

Deixando de lado a tradição enraizada na história dos haitianos, passamos para o entretenimento com a série de sucesso na TV. Grande parte do cenário desses filmes são reais e foram captados em Senoia, no Estado americano da Geórgia. A cidade que não era nada, de repente se viu tomada por hordas de turistas que percorrem a avenida central pontuando ali e acolá cenas que guardaram na memória da saga da família de Rick Grimes para sobreviver da sanha brava dos mortos-vivos.

Os tours a Senoia ajudaram a incrementar o comércio com produtos que lembram a série, e de bônus colocaram a pequena cidade no mapa turistico dos Estados Unidos.

3- Templo de Atena, Sicília (Itália)

Vista das ruínas do Templo de Atena

Aqui o assunto mortos-vivos volta a ficar sério. Enquanto historiadores afirmam que muito da cultura zumbi tem sua base no Haiti, arqueólogos ingleses e italianos descobriram evidências dessa crença em outras regiões do mundo. A literatura grega, por exemplo, freqüentemente cita o surgimento dos mortos-vivos, como na Odisseia de Homero, quando Ulisses  sacrifica um carneiro e uma ovelha para convencer os mortos a aparecerem por seu serviço.

Esses pesquisadores analisaram recentemente na antiga cidade de Kamarina, uma colônia grega localizada no sudeste da Sicília, dois túmulos para explicar melhor as idéias antigas sobre a necromancia, ou o ato de conjurar os mortos. Os restos desses túmulos foram cobertos por grandes pedras que os especialistas acreditam colocadas para evitar que o morto saisse, provando assim que essa crença não estava apenas na imaginação, ela foi também transformada em realidade.

4 – Svaneti, um lugar ideal para se esconder dos zumbis  (Geórgia)

A vila de Svaneti, na Geórgia

Agora se essa história de zumbis se tornar realidade, para onde fugir?  Alguns podem se dirigir para uma ilha deserta, ou ainda se refugiar numa cabana no meio da floresta amazônica. Cada um desses lugares tem seus méritos, mas se eles forem alcançados pelos zumbis, você já era. A “National Geographic” dá a dica de um dos lugares que ela mais considera seguro –as torres de Ushguli, na Geórgia, Europa Oriental.

Situada nas encostas do Cáucaso, esta comunidade Ushguli é o mais alto assentamento da Europa, algo em torno dos 3.500 m de altitude, e abriga mais de 200 moradias quase impenetráveis.

A região historicamente repeliu ataques frequentes de invasores, de modo que os aldeões desenvolveram um sistema próprio de proteção. Como as casas ficavam uma ali e outra acolá, e não era possível construir uma muralha encapsulando todas elas, cada morador tinha suas próprias salvaguardas: uma torre de vigia alta construídas com paredes feitas de pedra.

Hoje, você pode visitar a aldeia, cujas habitações são Patrimônio Mundial da Unesco.

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