Veleiro faz viagem exclusiva entre Ubatuba e Ilhabela, em SP

Para conhecer o que nem todo turista consegue ver, a dica é alugar um veleiro para chamar de seu

Em parceria com Viagem em Pauta
14/12/2019 09:26 / Atualizado em 13/05/2025 07:35

Entre o último destino do litoral norte paulista, a poucos quilômetros de Paraty, e a capital brasileira da vela, existem lugares onde só dá para chegar de barco.

Para conhecer o que nem todo turista consegue ver, a dica é alugar um veleiro para chamar de seu (pelo menos até o dia da devolução) e fazer um roteiro exclusivo entre Ubatuba e Ilhabela, em praias isoladas dessa região, a cerca de 3h30 da capital paulista.

Como funciona

Interior de um dos veleiros para aluguel, em Paraty e Ubatuba
Interior de um dos veleiros para aluguel, em Paraty e Ubatuba - Wind Charter/Divulgação

Em embarcações movidas a vela, a sua única preocupação é com o roteiro. O resto fica a cargo do trabalho cuidadoso do skipper, o capitão responsável pelas questões técnicas da viagem.

O veleiro é entregue ao cliente com roupas de cama e banho, utensílios de cozinha e tanques completo com água e diesel.

Só não pode esquecer que o serviço funciona como em hotéis, com check-in ao meio-dia e retorno no mesmo horário. Por isso, planeje-se para ter tempo suficiente para estar de volta à marina, no horário do check-out para a devolução do veleiro.

1º dia

A viagem começa na Voga Marine, marina localizada no Saco da Ribeira, em Ubatuba, e segue em direção ao Parque Estadual da Ilha Anchieta, na maior ilha de Ubatuba.

Endereço das ruínas de uma antiga colônia penal que funcionou no local, entre 1902 e 1952, essa área preservada tem trilhas auto-guiadas de fácil acesso e sete opções de faixas de areia.

Veleiro na Ilha Anchieta. em Ubatuba
Veleiro na Ilha Anchieta. em Ubatuba

Da Praia do Presídio, a faixa de areia de tombo que guarda a entrada principal da área de visitantes, é possível caminhar até Palmas, a maior praia da ilha e com águas rasas e tranquilas.

É hora de içar velas e seguir para rincões mais isolados da Ilha Anchieta, como a minúscula Praia do Leste que se esconde em uma fenda cenográfica, virada para mar aberto.

2º dia

O conjunto de ilhas do norte de Ubatuba é um dos destinos mais cenográficos do litoral paulista, a cerca de 40 km de Paraty.

O arquipélago  norte abriga locais que merecem parada como a Ilha do Prumirim, conhecida pelo encontro das águas do mare da cachoeira de mesmo nome, e a Ilha dos Porcos, em área privativa, mas com acesso público.

Picinguaba, bairro ao norte de Ubatuba
Picinguaba, bairro ao norte de Ubatuba

Outra parada obrigatória, mas sem possibilidade de desembarque por conta das condições do mar, é na Selinha, uma ilha cenográfica, cortada por uma fenda interior que deu origem a uma praia dentro da ilha.

Picinguaba  também merece uma visita mais demorada. Localizado nas encostas da Serra do Mar, esse tradicional bairro de pescadores é um dos últimos exemplares de comunidades tradicionais do litoral paulista e seu casario é tombado como patrimônio histórico pelo Condephaat.

3º e 4º dia

Ilhabela tem 14 ilhas e 42 faixas de areia, aproximadamente.

Por isso é hora de abrir velas e rumar em direção às praias mais isoladas do lado leste da ilha, com acesso apenas por trilhas ou a bordo de barcos até praias minúsculas e quase privativas como a da Fome, do Poço, da Serraria e da Caveira.

Ainda que o mar costume ser agitado e nem todas as praias convidem para ancorar, Ilhabela tem enseadas amigáveis com quem pernoita a bordo, como o Saco do Sombrio, um abrigo natural na face leste da ilha; e o cenográfico Saco do Eustáquio, de águas calmas e cristalinas, cuja prainha em forma de saco tem banheiro, quiosque com porções e até um mirante.

Cansou da vista panorâmica da Baía de Castelhanos? É só pedir para o capitão acionar os motores (ou subir as velas, em dias de ventos favoráveis) para seguir até a próxima parada em algum endereço exclusivo de Ilhabela.

Mapa com as paradas em Ilhabela
Mapa com as paradas em Ilhabela - Divulgação/Wind Charter

Wind Charter

A baixa temporada vai de junho a setembro (exceto férias de julho) e a alta temporada acontece de janeiro a abril, e entre novembro e dezembro.

Quem não está habilitado para conduzir esse tipo de embarcação deve contratar também, obrigatoriamente, o serviço de skipper, como é chamado o capitão de um veleiro, além de devolver o barco com tanque cheio.

A empresa disponibiliza também serviços extras como alugueis de prancha de SUP e motor de popa para saídas em botes menores, disponível no veleiro.

Diária a partir de R$ 3.150. Saiba mais: windcharter.com.br.