Viajar depois dos 60: Sem vergonha de pedir ajuda
Baalbeck foi um dos lugares históricos que mais me impressionou em tantas viagens que já fiz. O que não teria sido possível, sem pedir ajuda
Viajar depois de sete ou mais décadas de vida implica em saber das suas próprias limitações físicas. Ainda que você esteja muito bem de saúde, ainda que seja muito animada e bem disposta, às vezes as pernas podem falhar, os joelhos não conseguirem cumprir todas as “tarefas do dia”. Ou seja: subir escadas ou degraus seculares.
Foi assim, no fantástico sítio arqueológico de Baalbeck, ao norte do Líbano, que eu me vi diante de toda aquela beleza milenar e de… centenas de degraus. Sim, degraus altos de pedras irregulares desgastadas pelo tempo e que levavam cada vez mais ao alto, cada vez mais perto dos deuses romanos.
Olhar de longe, de baixo, deixar as melhores paisagens só para quem tem pernas jovens? Nem pensar! Na falta de corrimão, gentilmente apelei para braços amigos. Com grande simpatia meus companheiros de viagem prontamente me deram as mãos para facilitar minha subida rumo àquele esplendor.
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Vi cada cantinho de Baalbeck, ou Heliópolis (destino obrigatório a quem vai ao Líbano), como batizaram os romanos, com enorme alegria. Seus templos –de Júpiter, Baco, de Vênus, de Mercúrio, o Páteo dos Altares, a Propylea, o Páteo Hexagonal e as construções fantásticas com suas colunatas.
Tirei muitas fotos, fiquei extasiada com a complexidade arquitetônica em tempos pré-cristãos e ainda estou lendo sobre tudo isso boquiaberta.
Baalbeck foi um dos lugares históricos que mais me impressionou em tantas viagens que já fiz. Aproveitei como todos aqueles lugar único de onde também se avistam as montanhas ainda nevadas. O que não teria sido possível, sem pedir ajuda. E sempre tem alguém disposto a te dar a mão. Basta não ter vergonha em pedir.
A jornalista Mariuccia Ancona Lopez compartilha dicas sobre viajar depois dos 60 no blog Tempo de Viajar