A volta ao mundo do italiano que ‘virou’ brasileiro
Vinte nove anos, napolitano e com um grande sonho na vida: dar a volta ao mundo. Felice Marano é um italiano que há pouco mais de três anos desembarcou no Brasil para morar e fazer trabalho voluntário. Trabalhou como babá, professor de inglês e arranjou alguns “bicos” de meio-período.
Apaixonado pelo Brasil, lutou para ficar e obter um trabalho até conseguir a oportunidade de entrar na BRF, uma das maiores empresas de alimentos do pais.
Totalmente engajado com assuntos de inovação e empreendedorismo criou, junto com outras pessoas, o b–connect a primeira área de conexão da BRF ao ecossistema de startups.
A vontade de expandir fez Felice levar o projeto até o Vale do Silício, numa total imersão com startups e empreendedores que estão revolucionando a indústria alimentar.
Mudanças na empresa, a crise econômica e política no país, o escândalo da carne fraca e um projeto talvez muito visionário para um gigante da indústria alimentar não garantiu a continuidade na BRF.
Assim, depois dois anos trabalhando em São Paulo, o italiano que virou brasileiro –como ele gosta de se apresentar–, resolveu colocar a mochila nas costas e ganhar o mundo novamente. Mas agora com um propósito: ter tempo para escrever um livro sobre sua vida como nômade.
Após uma rápida passada por Nápoles, na Itália, para rever familiares e amigos, Felice partiu para Tenerife, no arquipélago espanhol das Canárias, onde ficou por alguns meses.
A aventura de Felice é na base do “low cost”. Ele se hospeda em casa de amigos e de “desconhecidos”.
‘Forget about it – Travel’
Toda a aventura pode ser acompanhada pelas redes sociais e pela página do projeto “Forget about it – Travel” (“Esqueça tudo, viaje, em tradução livre).
“O maior proposito [do projeto] é inspirar jovens a viajar pelo mundo e fazer isso de forma lenta e sustentável, valorizando a colaboração e o impacto social. O Forget about it – Travel é sobre experiências totalmente imersivas”, diz Felice.
Atualmente Felice está em Portugal, onde pretende ficar alguns meses para percorrer o país.
“A viagem é feita de atividades culturais, de entretenimento e de ação social. Mas também de compartilhamento de angustias, medos e experiências. Quero mostrar que não é preciso muito para dar uma volta ao mundo”, diz ele sobre sua jornada.