O tipo de alimento que aumenta em 42% o risco de depressão, segundo estudo da USP

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Além de contribuírem para obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, esse tipo de alimento também afeta a saúde mental

04/05/2025 11:20

Um novo estudo brasileiro acende um alerta importante: o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em até 42% o risco de desenvolver sintomas de depressão. A pesquisa foi conduzida pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e publicada na revista Clinical Nutrition.

Alimentos ultraprocessados são formulações industriais compostas por cinco ou mais ingredientes, muitas vezes ricos em açúcar, gorduras ruins, sódio e aditivos artificiais. São produtos projetados para alta durabilidade e palatabilidade, mas com pouco ou nenhum valor nutricional real, como:

– Barras de cereal;
– Pão de forma industrializado;
– Iogurtes aromatizados;
– Saladas prontas para consumo;
– Bolachas e biscoitos recheados;
– Sucos de caixinha.

Além de contribuírem para obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, os ultraprocessados afetam o cérebro. Eles podem interferir na microbiota intestinal, importante para a produção de neurotransmissores como a serotonina, diretamente ligada ao humor. O consumo frequente desses produtos também aumenta inflamações sistêmicas, outro fator associado à depressão.