Animação brasileira “Tito e os Pássaros” é pré indicada ao Oscar
Em São Paulo haverá uma apresentação gratuita no dia 25 de janeiro, às 10h30, no Cinearte Petrobras, no Conjunto Nacional.
- 25 de janeiro de 2019
- Preço: Gratis
- Local: Cinearte Petrobras
- Av. Paulista, 2073 – Cerqueira César, São Paulo – SP, Brasil
- Mais informações:
- Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
A lista oficial de indicação ao Oscar sai no dia 22 de janeiro. O que, por enquanto, podemos fazer é torcer para que o brasileiro “Tito e os Pássaros”, de Gustavo Steiberg, André Catoto e Gabriel Bitar esteja, de fato, concorrendo ao prêmio na categoria de melhor animação em uma das mais importantes premiações de cinema do mundo. “Tito e os Pássaros”, que será oficialmente lançada em Nova York dia 25 de janeiro – data em que também se comemora o aniversário de São Paulo – chega aos cinemas do Brasil no dia 14 de fevereiro. Por ora, a pré lista do prêmio indica títulos como “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “Os Incríveis 2” e “Wifi Ralf: quebrando a internet”. Em São Paulo haverá uma apresentação gratuita no dia 25 de janeiro, às 10h30, no Cinearte Petrobras, no Conjunto Nacional. Para participar, é necessário retirar senha no local.
O filme conta a história de Tito, um menino tímido de dez anos, que mora com sua mãe. Em dado momento da trama, uma epidemia fora do comum começa a se espalhar, fazendo com que as pessoas se tornem doentes e com medo. O garoto, então, descobre que a cura está relacionada à pesquisa de seu pai desaparecido sobre a música dos pássaros. O menino embarca em uma jornada para salvar o mundo da epidemia, com o desejo de salvar todos os seus amigos. Assim, a busca de Tito pelo antídoto se torna uma busca também pelo seu pai e por sua própria identidade.
“São Paulo, minha cidade, é conhecida como a “cidade dos muros”. Vinte milhões de pessoas moram aqui, a maioria delas vivendo atrás de grades, arame farpado e cercas elétricas – é como se o medo (tema abordado no filme) tivesse se tornado uma epidemia, uma doença. Talvez por causa disso, a ideia do medo ser contagioso sempre me fascinou”, conta Steinberg.
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Paulistano de origem, o diretor Gustavo Steinberg já produziu seis filmes, dirigiu dois e escreveu o roteiro de quatro filmes desde 1995. Seus filmes anteriores ganharam prêmios como o de Melhor Documentário no Festival de Cinema Tribeca, Prêmio Digital no 60º Festival de Cinema de Veneza, Seleção Oficial no 37º Festival de Cinema de Nova York, Prêmio do Júri Jovem no 53º Festival de Cinema de Locarno, Melhor Documentário no Festival de Cinema Latino-Americano de Los Angeles, entre outros.
Inspiração em Donald Trump
Muito antes de Donald Trump ser o candidato à presidência dos Estados Unidos, Steinberg já se atentou à movimentação dele e se inspirou em suas ações para criar Alaor, o vilão da trama. Ele é a chave para a disseminação do surto do medo em função do seu programa de TV, que narra crimes e demais “perigos” da vida na cidade. Não coincidentemente, ele faz toda sua fortuna vendendo dispositivos de segurança e construindo condomínios fechados.
Mais
“Tito e os Pássaros”, já está concorrendo ao prêmio de animação é um dos cinco indicados ao Annie Awards 2019 na categoria melhor animação independente. A produção brasileira concorre contra longas da Bélgica, do Japão e da Hungria e o resultado será conhecido ao grande público no dia 2 de fevereiro, em Los Angeles. Além disso, durante o Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, o longa foi vencedor do Prêmio Coral em sua categoria. Também foi tido como melhor filme infanto-juvenil no Anima Mundi, Chicago e Sitges, na Espanha e selecionado pra mais de 50 festivais no mundo, incluindo Annecy e festival de Toronto, no Canadá.