‘E Palhaçaria, o que é?’ Espetáculos e intervenções GRÁTIS no ABC

05/11/2018 11:19

Nos últimos meses o Sesc Santo André, no ABC Paulista, foi palco das mais diferentes linguagens do circo. Em novembro e dezembro, o espaço é dominado por atividades comandadas por um dos protagonistas das artes circenses, o palhaço. E o melhor, tudo gratuito e livres para todas as idades.

“E Palhaçaria, o que é?”, série de espetáculos que exaltam a arte milenar do palhaço
“E Palhaçaria, o que é?”, série de espetáculos que exaltam a arte milenar do palhaço - THEGIFT777 / iStock

E Palhaçaria, o que é?” é uma série de espetáculos que exaltam a arte milenar do palhaço. No Egito Antigo, há cinco mil anos, os pigmeus já se enfeitavam com roupas de pele de animais e faziam suas palhaçadas para os sacerdotes e faraós. Na China, a dinastia Zhou (1046-256 A.C) tinha seu palhaço na Corte Imperial, conhecido por Yu Size. Nas ruas da polis na Grécia Antiga também era possível encontrar personagens adornados, com falas exageradas e interações cômicas com os transeuntes. A prática logo ganhou a Roma e se espalhou por toda a Europa nos séculos seguintes. No Brasil, são inúmeros os palhaços que marcaram época e divertem gerações de plateias.

  • Quer ficar por dentro das atividades culturais e cursos gratuitos ou baratinhos no ABC Paulista? Então siga o VilaMundo no Facebook.

O Sesc Santo André fica na Rua Tamarutaca, 302- Vila Guiomar. Estacionamento no local (vagas limitadas): R$ 5 com credencial plena (R$ 1,50 por hora adicional) ou R$ 10 outros – (R$ 2,50 por hora adicional). Mais informações pelo telefone: (11) 4469-1311 ou neste link.

Confira a programação completa do projeto:

  • 15/11, quinta-feira, 16h: espetáculo “Máquina de Brasilidades” com Clownbaret
    Na Área de Convivência

A máquina de brasilidades sorteia e apresenta temas da cultura brasileira. Funciona somente quando acionada por alguém do público. Para saber o que vai acontecer, é só puxar a alavanca. A Máquina de Brasilidades é inspirada nas máquinas caça níquel, e conta com sete palhaços, sendo três deles músicos. Puxada a alavanca, temas da cultura brasileira como frevo, boi bumbá, pisadeira, guaraná, peteca,catira, bloquinhos de carnaval, bossa nova, Raul Seixas, capoeira, literatura de cordel, quadrilha, ciranda entre outros que são sorteados pela máquina. Após uma brevíssima definição do tema sorteado, os palhaços saem de dentro da máquina e apresentam uma esquete, com cenas acompanhadas pelos músicos.

  • 16/11, sexta-feira, 16h: intervenção “A Banda do Jerônimo: a inusitada banda de um homem só” com Circo Caramba
    Nos espaços do Sesc Santo André

Um homem-banda já é algo bastante excêntrico. Agora, imagine quando um palhaço se mete a querer tocar vários instrumentos ao mesmo tempo. E se esse palhaço for o Jerônimo, a loucura é ainda maior, já que ele vai utilizar instrumentos nada convencionais: violão com corpo de bacia, gaita de pente, balde de lixo, forma de pizza, buzinas, tampas de panela, campainha e muito mais.

A companhia Circo Caramba, sediada no distrito de Barão Geraldo (Campinas-SP), foi criada em 2009 por Thiago Sales, com o objetivo de dar continuidade a seu trabalho como palhaço e desenvolvê-lo. Da parceria entre Thiago e Márcio Parma, surgiu o primeiro espetáculo do Circo Caramba, intitulado “Caramba, quanta bobagem!”, que conta com a direção de Esio Magalhães (Barracão Teatro) e estreou no ano de 2010. Em 2014, o Circo Caramba montou o espetáculo “Jerônimo Show”, trabalho solo de Thiago Sales, cuja estreia foi realizada no Festival Internacional Sesc de Circo. As atuações do Circo Caramba são marcadas por uma forma própria e contemporânea de comunicação com o público e pela originalidade com que trazem à cena ideias e técnicas clássicas do universo do circo e da palhaçaria. Os trabalhos que compõem o repertório da companhia utilizam diversas modalidades circenses, além da música, que, explorada a partir da lógica e do olhar do palhaço, diverte e encanta crianças e adultos.

  • 17/11, sábado, 16h: intervenção “Meninas” com Trupe Dunavô
    Nos espaços do Sesc Santo André.

Em um quintal qualquer da cidade, encontram-se baldes espalhados, vassouras, pregadores de roupas e um rádio velho. Ali se encontram também Pamplona e Elisa Betana, duas palhaças a lavar e levar a vida, enquanto lidam com uma pilha de roupas a serem cuidadas e estendidas no varal. Ops, mas cadê o varal? Como terminar esta grande tarefa?

A Trupe DuNavô tem como objetivo difundir sua pesquisa para além do estereótipo coletivo do palhaço bonitinho e ingênuo, brincando em qualquer lugar, a qualquer hora e de várias formas, desbravando o caminho do ser Palhaço hoje. Formada por Gabi Zanola, Renato Ribeiro, Gis Pereira e Vinicius Ramos, nasceu em 2010 no Programa de Formação de Palhaços para Jovens Doutores da Alegria, partindo do desejo de aprofundar a linguagem do palhaço. Desde então, a Trupe tem sem apresentado em diversos festivais como IV Entoada Nordestina SCS, Virada Cultural Paulista de São Caetano do Sul, Festival Nacional de Teatro de Campo Limpo, Festival Nacional de Teatro de Jales, Festival Nacional de Teatro de Limeira, Festival Risadaria, entre outro, além de apresentações em diferentes unidades da Rede Sesc SP.

  • 20/11, terça-feira, 16h: Espetáculo “Misterius” com Família Burg
    Na Área de Convivência

Mistérius é o nome do espetáculo de magia cômica da Família Burg que traz para o palco a arte de encenar truques de desaparecimento e transformações utilizando objetos e pessoas. Nesta apresentação, o protagonista e sua assistente tropeçam entre passes de mágica, hipnose, e tantas outras técnicas a serviço do humor e da diversão. Uma apresentação de circo que dialoga com as formas espetaculares do show de mágica, colocando em cena objetos inusitados e trajes chamativos, inspirados em Harry Houdini, que revolucionou os truques de mágica.

  • 1/12, sábado, 16h: intervenção “CIR.COM.PASSO” com Trupe Koskowsky
    Nos espaços da unidade

Na linguagem popular do circo de rua, palhaços, malabaristas e acrobatas realizam esquetes cômicas e acrobacias que divertem o espectador. Com instrumentos musicais e outros adereços, os artistas convidam o publico a interagir e viver novas experiências.

  • 2/12, domingo, 16h: Espetáculo “Beto Carreto” com Trupe Dunavô
    Na Área de Convivência

Dois irmãos estão diante de um grande dilema deixado pelo pai no momento da partilha da herança da família. Duas personalidades muito distintas e um grande desafio: afinal, quem estaria pronto para se tornar o novo dono do Carreto que pertencera ao pai durante anos? Claudius alega ser o mais habilidoso. Enquanto Clóvis, aposta em sua força. Em meio a uma divertida disputa, com muitas trapalhadas, esses dois palhaços irão das um show de habilidades.

Seguindo sua linha de pesquisa sobre a linguagem do palhaço e a rua, o espetáculo Irmãos Carreto é inspirado no universo dos catadores de materiais recicláveis, sucatas e andarilhos das grandes cidades. Figuras presentes no imaginário dos grandes centros urbanos, mas que muitas vezes passam desapercebidos ou até desumanizados.

  • 22/12, sábado, 16h: Intervenção “Los Atadas” com Trupe Irmãos Atada
    Na Área de Convivência

Uma verdadeira “palhaceata”, esta é a proposta dos Irmãos Atada para esta intervenção em forma de cortejo. Nela, os palhaços da Trupe vêm paramentados de Mariachis Mexicanos, e saem à procura do melhor local para sua apresentação musical. Enquanto procuram, vão convidando as pessoas e improvisando pequenas cenas circenses.

Formada pelos atores e palhaços Anderson Spada, Emerson Almeida, Paulo Ygar e Sandro Fontes, a Trupe Irmãos Atada surgiu em 2010 e se dedica à pesquisa e treinamento da linguagem cômica. A Trupe tem em seu repertório quatro espetáculos, sendo: “Três Variando”, “Jacinto numa ilha”, “Cabaré Trupe Irmãos Atada” e “Bang Bang à Pastelana”, que será apresentado no Circuito Cultural Paulista nos meses de maio e abril.

  • 23/12, domingo, às 15h: espetáculo “Caixa de Pandora” com Cia. Circo do Asfalto
    Na Área de Convivência

Nessa edição, cinco palhaças, vindas de diversas partes do Brasil: Bahia, Tocantins, Brasília e Santo André, em cena dividem com o público as surpresas que tiram de dentro de uma caixa – A Caixa de Pandora. O espetáculo é um projeto que nasceu em 2015, idealizado por Fran Marinho, palhaça Francisquinha (Circo do Asfalto), que tem por objetivo reunir mulheres que pesquisam palhaçaria e a dramaturgia da comicidade feminina dentro do universo circense e de rua. Os espetáculos são construídos a partir do repertório de cenas trazidas por cada artista convidada, e novas cenas criadas a partir do encontro. Com mais de 23 edições, Caixa de Pandora é a junção das diversas texturas do universo Feminino.

Da inquietação artística do casal Fran e Douglas Marinho surge, em 2008, a companhia Circo do Asfalto, tendo como foco principal a pesquisa nas artes circenses de rua e na cultura popular brasileira. Com quatro espetáculos em sua bagagem profissional, a companhia já circulou por todas as regiões brasileiras e diversos países da América Latina, apresentando-se em mais de mil e quinhentas cidades, através de produções independentes, prêmios e editais de incentivo à cultura municipais, estaduais e federais, sempre buscando levar a arte a pequenas comunidades, vilarejos, aldeias, quilombos e outras cidades fora da rota tradicional de artes no Brasil. Presente nas principais entidades culturais, festivais e convenções de circo da América Latina, a companhia consolidou-se como referência e hoje mantém um espaço cultural independente, onde recebe artistas de todo o mundo para espetáculos e oficinas.

  • 30/12, domingo, 15h: espetáculo “Lavadeiras têm Poder” com Cia. 3 Entradas
    Na Área de Convivência

O espetáculo é constituído por um prólogo em que a trupe de palhaças da Cia 3 Entradas decide refletir sobre temas importantes do nosso mundinho contemporâneo. Assim, selecionam e argumentam, de forma burlesca, frente ao público, sobre a escolha dos temas. As esquetes buscam provocar a percepção para a noção de que há muitas vendas em nossa forma de olhar e que vivemos, tantas vezes, numa absoluta cegueira moral, onde os maiores beneficiados são os que detêm o poder. Dessa maneira, o espetáculo quer provocar a reflexão, através do riso, sobre as formas como nos relacionamos enquanto sociedade.

A Cia 03 Entradas constituiu-se em 2014. As participantes e fundadoras do grupo Carol Manalischi, Denise Bruno e Kelly Nery possuem experiências na arte da palhaçaria e do circo. A Cia desenvolve a criação de esquetes inéditas, assim como a pesquisa de esquetes tradicionais de circo realizadas a partir de uma releitura contemporânea. A Cia utiliza técnicas circenses como: manipulação de objetos, pantomimas, música, dança, perna de pau, malabares, monociclo, acrobacias de solo e acrobacias aéreas, entre outras. Já percorreu desde a sua formação diversas cidades e estados, com apresentações em teatros, picadeiros, praças e ruas.