Lançamento de “Quebrada Ostentação: quando o Funk dominou SP” acontece neste sábado

O Vila Mundo é uma iniciativa do Instituto Acqua em parceria com a Catraca Livre

Por VilaMundo
13/12/2024 14:30

O lançamento de “Quebrada Ostentação: quando o Funk dominou SP” acontece sábado (14/12), a partir das 15h, na Loja Monstra, espaço de referência em quadrinhos, na Praça Benedito Calixto, 158, 1º andar, Pinheiros, São Paulo.

Baixo desemprego, dólar barato e estabilidade econômica foram os principais fatores para o surgimento da “nova classe média” tão falada durante os anos de 2010.
Sua maior expressão cultural foi o funk ostentação, movimento nascido na periferia de São Paulo e que expressa esse consumo de artigos considerados de luxo e praticamente inacessíveis anteriormente.
Se antes o rap expressou muito bem o sentimento de abandono e precariedade que havia entre a população dos bairros mais pobres da cidade, o funk ostentação veio pra festejar as conquistas dessa época.
O movimento também marca o início do protagonismo das redes sociais e o início do declínio da Televisão para o meio musical. Se para o Pagode dos anos 90 foram essenciais os programas de auditório dominicais, para o funk ostentação foram os clipes do You Tube que popularizaram as músicas e artistas.
Nesse contexto o funk invadiu de vez e dominou São Paulo se consolidando como principal música urbana do Brasil, e o funk “da capital das notas de cem” como diria o grande Daleste, não poderia falar de outra coisa que não “a força da grana” que move SP.
Nessa época de forte efervescência cultural na periferia de São Paulo, Renato Barreiros, teve o privilégio de acompanhar de perto o surgimento do Funk Ostentação e organizar o primeiro festival de funk em Cidade Tiradentes. O Funk de São Paulo também foi tema de dois documentários lançados pelo autor, que também é roteirista e diretor cinematográfico: Funk Ostentação e No Fluxo.
Nesta HQ, pioneira no tema, Renato convida o leitor a acompanhar Mc Nenê, Glock e Ratão, Bomb Black e God numa ficção inspirada em algumas histórias da época!
As ilustrações ficaram a cargo do artista visual Felipe Cortez, além de o livro contar com uma sessão especial de pranchas de grafiteiros da zona leste da cidade feitas exclusivamente para a publicação.
A caprichada edição é da Clóe, editora independente oriunda do ABCD Paulista que, entre outros nomes, já publicou o lendário Glauco Mattoso, com o qual foi semi-finalista do Prêmio Oceanos de 2024.

O livro promete marcar a história do gênero!