Música clássica embala ABC em dezembro com ingressos baratinhos

30/11/2018 09:52

Nos primeiros finais de semana de dezembro o Sesc Santo André, no ABC Paulista, irá proporcionar uma imersão no campo da música erudita. No dia 2, domingo, o projeto Cameratas recebe o Madrigal a Oito Vozes,  interpretando canções natalinas da Idade Média e do período Barroco, com participações de Isabel Janji e Paulo da Mata. No sábado, dia 8, o espaço recebe a Orquestra Sinfônica de Santo André e Guga Stroeter & Orquestra Heartbreakers, para concerto que passeia pela música instrumental clássica e contemporânea, com participação da cantora cubana Liena Centeno. Os ingressos custam até R$ 17.

Cameratas recebe em dezembro Madrigal a Oito Vozes (acima) e Orquestra Sinfônica de Santo André e Guga Stroeter & Orquestra Heartbreakers (abaixo)
Cameratas recebe em dezembro Madrigal a Oito Vozes (acima) e Orquestra Sinfônica de Santo André e Guga Stroeter & Orquestra Heartbreakers (abaixo) - Divulgação: Sesc Santo André

O Sesc Santo André fica na Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar, Santo André- SP. Estacionamento no local (vagas limitadas): Credencial Plena – R$ 5 (R$ 1,50 por hora adicional), outros – R$ 10 (R$ 2,50 por hora adicional). Mais informações pelo telefone – (11) 4469-1311

  • Quer ficar por dentro das atividades culturais e cursos gratuitos ou baratinhos noABC Paulista? Então siga o VilaMundo no Facebook.

Programação: 

Ingressos à venda nas Bilheterias da Rede Sesc SP, no valores de R$ 17,00 (inteira) e R$ 8,50 (meia-entrada). Grátis para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo credenciados na Rede Sesc. Venda limitada a 6 ingressos por pessoa/CPF.

A religiosidade e espiritualidade tiveram suma importância durante o período Barroco. A música sacra ocupou lugar de destaque na obra de grandes compositores da época. Apresentamos aqui uma série de canções alusivas ao Natal. Algumas vêm de uma tradição que remonta à Idade Média e foram registradas na era Barroca. Interpretadas com instrumentos de época e angelicais vozes femininas, as obras transportam a plateia no tempo, levando a todos o espírito do Natal.

Isabel Kanji é pianista e cravista, e possui vasta experiência em música de câmara. É Bacharel em piano e Mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é cravista correpetidora da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP) na classe de Canto Barroco do Núcleo de Música Antiga e professora de piano no Conservatório Municipal de Música de Guarulhos. É coordenadora de um projeto interdisciplinar que envolve música de câmara, interpretação histórica e baixo contínuo. Realizou trabalhos de composição e uma série de primeiras audições de peças do compositor Willy Correa de Oliveira. Participou do Projeto “Willy Correa de Oliveira: o presente” patrocinado pela Petrobrás que resultou na gravação da obra pianística deste compositor. Foi pianista da Banda SInfônica do Exército sob direção do Maestro Benito Juarez (2004-2008).

Paulo da Mata Iniciou seus estudos de flauta doce aos nove anos de idade em Brasília. Mais tarde tomou contato com a flauta transversal barroca (traverso) passando a dedicar-se ao instrumento. Em 1990 e 1999, rumou para a Bélgica a fim de aperfeiçoar-se em flauta doce com o Professor Bart Coen, trabalhando conjuntamente o traverso. Foi professor de flauta doce nos Festivais de Música Antiga e Música Colonial Brasileira de Juiz de Fora.

A soprano Marília Vargas é uma das maiores especialistas de canto barroco do Brasil. Possui carreira internacional como solista e professora, e ministra aulas no Núcleo de Música Antiga da Emesp. É ela quem lidera o coro de vozes femininas que se apresenta hoje.

Coral de vozes femininas: Marília Vargas, Ludmilla Thompson, Joyce Bastos, Jaíne Azevedo, Gabriela Schleder, Caroline Arruda, Fernanda Moura, Aline Souza.

Na definição dos dicionários especializados, “música de câmara” é aquela escrita para um pequeno conjunto de instrumentos, cada um deles tocando uma parte diferente e em geral sem a presença do regente. É música elaborada e realizada em ambiente intimista. O repertório central de câmara tem origem na Europa do século XVII e se consolidou no século seguinte, com gêneros como o quarteto de cordas e o trio com piano. Música de câmara pressupõe diálogo e equilíbrio entre cada um dos executantes.

É o vasto e diversificado universo da música de câmara que a série Cameratas, realizada desde 2015, procura levar ao público desde seu início. Na temporada de 2018, o foco da programação é a voz. Apresentações mensais de março a novembro mostram que a presença da voz no repertório clássico vai muito além da música coral ou dos solos de ópera. Com a participação da jornalista e pesquisadora Camila Frésca na curadoria e mediação, cada concerto irá explorar um aspecto da produção vocal camerística, como o canto na música barroca, o bel canto e os diferentes gêneros de canção de câmara, tais como o Lied e a modinha.

Programa

Marc-Antoine Charpentier (1643-1704)

Noëls

Où s’en vont ces gays bergers

Or, nous dites Marie

Joseph est bien marié

O Créateur

Une Jeune Pucelle – Les Bourgeois de Chastre

Georg Friedrich Haendel (1685-1759)

Sinfonia (do oratório “Messias”)

Giovanbattista da Gagliano (1594-1651)

Stella del mare

Biagio Marini (1597-1665)

Con le stelle in ciel

Girolamo Kapsberger (1580-1651)

Figlio dormi, dormi figlio

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Jesus Alegria dos Homens

  • 8/12, sábado, às 20h: Orquestra Sinfônica de Santo André convida Guga Stroeter & Orquestra Heartbreakers 
    No Espaço de Eventos

Ingressos à venda nas Bilheterias da Rede Sesc SP, no valores de R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia-entrada) e R$ 5,00 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo credenciados na Rede Sesc).

A OSSA (Orquestra Sinfônica de Santo André) prima por realizar uma série diversificada de espetáculos e ações musicais. A música sinfônica, em suas diversas facetas, estilos e gêneros, dá suporte a uma programação que inclui espetáculos como óperas, balés, concertos ao ar livre, concerto de música popular brasileira, música de câmara, solistas internacionais entre outros.

Para o concerto do dia 8 no Sesc Santo André,  a OSSA convida Guga Stroeter & Orquestra Heartbreakers para comemorarem 30 anos de trajetória de ambas orquestras. O concerto conta com a participação da cantora cubana Liena Centeno, que interpreta clássicos cubanos do século XX e explora a tênue fronteira entre repertórios popular e erudito, acompanhada da sonoridade acústica peculiar da música de câmara.

A Orquestra Sinfônica de Santo André conta com curadoria, apresentação e comentários de seu regente e diretor artístico, o Maestro Abel Rocha. Desde março de 2013 à frente da Orquestra Sinfônica de Santo André, Abel Rocha é especialista em ópera e sua posição de destaque no cenário brasileiro se deve a uma atuação versátil no repertório sinfônico e também na direção musical de espetáculos cênicos, como balés, peças de teatro e de diversos shows e musicais. Em conjunto com o Sesc, realizou diversas atividades a partir de 1995, das quais se destacam a série Pocket Opera (Sesc Ipiranga, 1995) e o Curso Studio Opera (Sesc Ribeirão Preto, 2013).

Desde sua criação, no final dos anos 80, Guga Stroeter & Orquestra HB investem na pesquisa sistemática de três matizes da música contemporânea; todas elas ramificações peculiares da diáspora africana. De maneira geral, esses três complexos são: Samba, Jazz e Salsa. Pensando em contemplar esses aspectos distintos o projeto Guga Stroeter & Orquestra HB – 30 anos, consiste na apresentação de um grande show comemorativo com sua big band, uma oportunidade inédita de realizar e difundir, ao mesmo tempo, a Salsa na voz do cantor Hamilton Moreno e o Jazz nas vozes das cantoras Jesse Monroe e Anna Lu.

Guga Stroeter é músico e produtor cultural paulistano. Em 1987 fundou os grupos de música Nouvelle Cuisine e a Orquestra Heartbreakers. É instrumentista (vibrafone e marimba) e já tocou com Caetano Veloso, Milton Nascimento, Rita Lee, entre outros. Guga tem seu nome por trás de expressões vitais de vida cultural em São Paulo como as casas noturnas Blen Blen, Grazie a Dio e Studio SP, o núcleo multimídia Sala Crisantempo e o Centro Cultural Rio Verde. Desde 2002, é coordenador da ONG Sambatá Música e Cultura que promove intercâmbio artístico entre Brasil e Cuba e produz projetos ligados à valorização da ascendência cultural africana no Brasil. A Sambatá lança em julho juntamente com o G R Kolombolo Diá Piratininga a coleção “Memória do Samba Paulista”, com obras de artistas e compositores das velhas guardas do samba paulistano.