OMA Galeria inaugura calendário com exposição coletiva “Multiplicidade Tripartida”

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Por VilaMundo
19/01/2023 09:05

 

 

A OMA Galeria abre sua programação de 2023 com a exposição Multiplicidade Tripartida, em sua unidade nos Jardins. A coletiva apresenta trabalhos produzidos pelos artistas Felipe Diniz Sanguin, Isabê e Sofia Saleme durante sua participação no primeiro programa de residência da galeria.

 

 

 

 

A mostra tem curadoria de Icaro Ferraz Vidal Junior, que acompanhou os artistas ao longo da residência, realizada durante o segundo semestre de 2022 no espaço da OMA em São Bernardo do Campo. O projeto tem como objetivo oferecer a artistas em fase de consolidação um espaço para desenvolver suas pesquisas autorais e promover a troca de experiências com outros artistas da região. A exposição destaca a diversidade na produção dos residentes, apresentando colagens, pinturas, desenhos e esculturas.

 

Logo na entrada o visitante encontra as pinturas e desenhos de Isabê, cujos tons terrosos e verdes amarronzados remetem às paisagens do Mato Grosso do Sul, sua terra natal. Seus trabalhos possuem indícios de memórias da artista, como figuras humanas e animais que só são descobertos com uma inspeção cuidadosa.

 

 

 

 

No salão ao lado estão os trabalhos de Felipe Diniz Sanguin, contemplado com o Prêmio Dasartes 2022. Suas colagens e pinturas criticam o capitalismo de consumo de massa e o contexto político atual de forma irônica, usando materiais descartáveis, referências à arte urbana e signos facilmente reconhecíveis por seu significado social.

 

Sofia Saleme ocupa o andar superior, utilizando materiais variados como cabelo, porcelana e gesso para criar objetos que fazem analogias entre a fragilidade da matéria e a fragilidade do corpo. Em várias obras, peças de porcelana quebradas são remontadas usando elementos como cabelos e pó de ouro. A artista, que anteriormente trabalhava principalmente com desenho, relata que a mudança de ambiente permitiu experimentar com novos formatos. “As idas e vindas de SP para SBC me deram espaço para criar, fazer e refazer na minha mente.”, diz Sofia.

 

 

 

 

 

 

Para um artista, a participação em uma residência proporciona novas experiências e trocas. “Não tem como conviver com outras artistas pensando e produzindo seus trabalhos e não se afetar por isso. Acredito, então, que essa residência foi crucial no entendimento e desenvolvimento da minha carreira.”, diz Felipe Diniz Sanguin. Segundo Isabê, “Encerro esse período convicta sobre o benefício desse percurso e volto para o Mato Grosso do Sul feliz por ter vindo parar em São Paulo.”

 

A exposição fica aberta ao público até 11 de fevereiro, com entrada gratuita.

 

 

 

 

 

 

 

Felipe

 

A vivência dentro de uma residência artística influencia diretamente nas construções e no pensamento artístico em geral. Quero dizer, não tem como conviver com outras artistas pensando e produzindo seus trabalhos e não se afetar por isso. No meu caso, a proximidade com a Isabê, fez eu repensar meu processo e a minha relação direta com a pintura, a escala e um certo desprendimento da obra de arte final. Já com a Sofia, minhas trocas foram mais práticas. Acompanhamos o processo um do outro, inclusive na inscrição de projetos em editais e enquanto arquiteta, sua visão é fundamental nesse quesito. Acredito, então, que essa residência foi crucial no entendimento e desenvolvimento da minha carreira.

 

Sofia

 

Sujar o chão de argamassa, furar a parede desenfreadamente, errar e acertar, me lambuzar testando novos materiais e suportes foi o principal ganho com a residência em SBC. Usar o espaço como se o espaço estivesse me pedindo para usá-lo. Incrível! As idas e vindas de SP para SBC me deram espaço para criar, fazer e refazer na minha mente. Além de tudo isso, compartilhar o espaço com o Felipe e Isabê foi delicioso e transformador. Delicioso por a amizade crescer a cada mês e transformador por conseguir entender – vendo os dois trabalhando – que cada artista tem seu tempo, seu processo, seu método e sua poética. Linda e proveitosa fase!

 

Isabê

 

Algumas existências se expandem e atingem a matéria – antes de tudo, encostam no Outro.

Ao compartilhar o espaço físico do ateliê com artistas como Felipe e Sofia pude presenciar a expansão das vivências cotidianas e percursos afim de um mesmo caminho. Ambos me ofereceram palavras e silêncios generosos nesse trajeto de perseguir a pintura. Sair de seu ambiente de criação é possibilitar um rompimento interessante com o próprio hábito – e assim a compreensão daquilo que é essencial ao trabalho. Encerro esse período convicta sobre o benefício desse percurso e volto para o Mato Grosso do Sul feliz por ter vindo parar em São Paulo.

 

 

 

 

A residência aconteceu durante o segundo semestre de 2022 no espaço da OMA em São Bernardo do Campo, convertido em ateliês coletivos. A mostra tem curadoria de Icaro Ferraz Vidal Junior, que acompanhou a produção dos artistas durante o período do programa.

 

A residência foi realizada durante o segundo semestre de 2022, no espaço da OMA em São Bernardo do Campo. A galeria iniciou o projeto com o objetivo de oferecer a artistas em fase de consolidação um espaço para desenvolver suas pesquisas autorais, promovendo a troca de experiências com outros artistas da região. A exposição tem curadoria de Icaro Ferraz Vidal Junior, que acompanhou os participantes ao longo da residência, e destaca a diversidade das obras produzidas, apresentando colagens, pinturas, desenhos e esculturas.

 

 

Com a abertura de sua nova unidade nos Jardins, a OMA converteu seu espaço em São Bernardo do Campo em ateliês coletivos, que abrigaram a residência durante o segundo semestre de 2022.

 

A mostra tem curadoria de Icaro Ferraz Vidal Jr, que acompanhou a produção dos artistas durante todo o período da residência, no segundo semestre de 2022.

 

A mostra tem curadoria de Icaro Ferraz Vidal Júnior, que acompanhou a produção dos artistas ao longo da residência, durante todo o segundo semestre de 2022.

 

 

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