Peça sobre direitos dos animais e promove adoção de cachorro

10/01/2019 13:05 / Atualizado em 28/07/2020 14:44
Até de de
Quarta – Quinta
– 21h
Preço: Comprar
R$ 25
45%
Local: Viga Espaço Cênico
R. Capote Valente, 1323 – Pinheiros, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/

Falta de leis que defendam os animais, precariedades dos abrigos e questões como eutanásia, sacrifício e qualidade de vida são discutidas em Benjamin, espetáculo de teatro inspirado na relação do dramaturgo armênio Arthur Haroyan com seu cachorro, Raffi. O Viga Espaço Cênico recebe a peça de 16 de janeiro a 28 de fevereiro, às quartas e quintas, às 21 horas.

Benjamin
Benjamin - Divulgação/Leonardo Santos

A relação do artista armênio Arthur Haroyan com seu cachorro, Raffi, morto em agosto de 2018, inspirou o espetáculo Benjamin, que estreia dia 16 de janeiro, quarta-feira, às 21h, no Viga Espaço Cênico. Ao final de cada sessão, um cachorro assistido por uma ONG de proteção aos animais estará disponível para adoção, respeitando todas práticas previstas neste tipo de processo. A peça é a terceira do Grupo ARCA, criado por Arthur, e foi viabilizada via financiamento coletivo.

Os ingressos custam R$ 40 (inteira), mas leitores Vila Mundo pagam apenas R$ 25 com esse cupom aqui. Além de estudantes e idosos, têm direito à meia-entrada quem doar 1 kg de ração diretamente na bilheteria. Quem doar 2 kg terá direito a entrada franca. Brinquedos e demais acessórios para gatos e cachorros também serão aceitos para doação enquanto a peça estiver em cartaz.

O espetáculo mais recente do grupo ARCA conta a história de Benjamin (Mário Goes), vira-lata que promove mudanças profundas na vida de Berta (Júlia Marques), mulher que o adota após ser traída pelo marido, Noah (Lisandro Leite), durante sua lua de mel em Istambul.

Com a chegada de Benjamin, o público passa a assistir a visão que Berta projeta sobre o animal. Nele, Berta vê um ser humano ideal, que é cuidadoso, otimista, poético, respeitoso e companheiro, tornando-se assim uma metáfora que ilustra sentimentos verdadeiros e o amor genuíno, muito presentes no comportamento dos cachorros.

Quando Noah reaparece, Benjamin logo passa a ser assistido pelo público sob a ótica do homem, tomando então uma forma não apenas animalizada, mas triste e solitária, já que o cachorro é menosprezado por ele. “Berta enxergava em Benjamin algo que devia existir nos seres humanos, mas normalmente não existe. Já Noah traz uma outra camada, e logo o assunto central da peça se torna a confiança traída, o abandono e os maus tratos aos animais”, conta Arthur, que também assina a direção da trama.

Benjamin, que até então interagia, conversava e até dançava valsa com Berta, é deixado de lado, perdendo sua voz e todas características que a relação com a mulher o conferiam. “Benjamin sofre questões ligadas à indiferença do ser humano, tornando-se assim um representante de vários outros animais que passam por situações semelhantes”, completa o artista.