Sesc Santo André reúne artistas em homenagem a Inezita Barroso
Para homenagear Inezita Barroso, que completaria 93 anos em 2018, o Sesc Santo André, no ABC Paulista, realiza o show “Canta, Inezita!”, nesta sexta-feira, 17, às 21h, e no sábado, 18, às 20h.
O espetáculo contempla uma das principais personagens da história da música brasileira através de intérpretes de diferentes estilos e gerações. No palco, a tradicional dupla sertaneja de raiz, As Galvão, a performática Maria Alcina, a cantora Consuelo de Paula, uma das reconhecidas compositoras da nova geração, e o jovem violeiro Cláudio Lacerda integram um time que dá voz aos maiores sucessos de Inezita: Lampião de Gás, Moda da Pinga, Balaio, Tristeza do Jeca, Prenda Minha, Maringá, Engenho Novo, Ronda e tantas outras.
Com direção musical do violonista Paulo Serau, que trabalhou nos últimos anos com Inezita, o show apresenta as canções com novos arranjos, valorizando os mais genuínos ritmos brasileiros como carimbó, cateretê, fricote, xaxado, batuque, samba, entre outros, um trabalho que sempre foi o mote da carreira da artista homenageada.
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Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 6 (trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes com Credencial Plena do Sesc) e estão à venda online ou nas Bilheterias da Rede Sesc.
O Secs Santo André fica na Rua Tamarutaca, 302- Vila Guiomar. Estacionamento no local (vagas limitadas): Credencial Plena – R$ 5 (R$ 1,50 por hora adicional), sem credencial plena R$ 10 (R$ 2,50 por hora adicional). Mais informações pelo telefone: (11) 4469-1311.
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Sobre Inezita Barroso
Ao relembrar as grandes vozes femininas da música brasileira, é quase impossível não pensar em Inezita Barroso. Dona de uma voz única, as primeiras paixões da cantora paulista foram a viola e a música caipira, como costumava dizer.
Ignez Magdalena Aranha de Lima nasceu em 1925, num domingo de Carnaval, no bairro paulista Barra Funda. Filha de pai do litoral e mãe do interior paulista, Inezita é fruto da mistura de mar e terra.
Na fazenda do pai, próspera devido à cultura do café, a pequena Ignez fingia ir ver o pasto para passar a tarde junto dos colonos violeiros que vivam na fazenda. Formou-se em Biblioteconomia em 1946, no pioneiro curso da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Apaixonada pela cultura e principalmente pela música brasileira, Inezita iniciou uma profunda pesquisa sobre os ritmos brasileiros, trabalho que se estendeu para viagens a diversas cidades do país e lhe rendeu título de doutora honoris causa em folclore pela Universidade de Lisboa.
Em 1951 grava seu primeiro disco 78 rpm não comercial, e a partir dali gravaria cerca de 100 discos. Inezita também trilhou carreira artística no cinema e teatro, com participações nos filmes Ângela (1951), de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, Destino em apuros (1953), de Ernesto Remani, e Mulher de Verdade (1954), dirigido por Alfredo Palácios, filme que lhe rendeu o Prêmio Saci de Cinema.
Como apresentadora de TV, Inezita comandou o programa Viola, Minha Viola, na TV Cultura, o programa Inezita Barroso, no SBT, e diversas participações em programas de rádio. Além da carreira artística, Inezita atuava como professora e lecionava no Centro Universitário Assunção (Unifai) e Unicapital.
Em 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, ocupando o lugar da folclorista Ruth Guimarães. Inezita faleceu em março de 2015, quatro dias após completar 90 anos, e teve velório realizado no Palácio 9 de Julho.