Veganismo será a alimentação do futuro?
O VilaMundo é uma iniciativa do Instituto Acqua, em parceria com a Catraca Livre
A pandemia do COVID-19 trouxe o alerta de que o modelo de consumo de carne pode estar com dias contatos; agora não apenas pela saúde, mas pela questão financeira também.
“Veganismo basicamente significa humanos não explorarem outros animais, promovendo o estilo de vida vegano para benefício das pessoas, animais e meio ambiente. Na prática, significa não comer carnes de todas as cores e tipos, ou alimentos de origem animal ou que contenham qualquer resíduo: leites, queijos, manteiga, salsichas, ovos, albumina, mel, banha, corante cochonilha, gelatina, etc. Isso falando apenas em alimentação”. Isto é o que diz a Associação Brasileira de Veganismo.
Com o preço da carne bastante elevado, muita gente tem começado a mudar o estilo de alimentação. Mais legumes e verduras, mais criatividade e cada vez menos carne no prato.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), diz que atualmente o rebanho brasileiro é de aproximadamente 187 milhões de cabeças de gado. Manter a indústria da carne é caro e exige bastante do meio ambiente. Segundo ainda a Abiec, aproximadamente 150 milhões de hectares de pastagens são utilizados para a criação de bovinos no país. Se contarmos ainda a água utilizada para cultivo, ingestão animal e no abate a exploração ambiental vai ficando cada vez maior. É preciso levar em conta também grandes áreas de cultivo de grãos como milho e soja para produção de ração. se falarmos na criação de suínos, aves e outras criações, esse número fica cada vez maior.
Mas há uma luz no fim do túnel para continuar a produção de alimentos sem exigir tanto de grandes áreas no país. Muito pequenos agricultores já fornecem alimentos que abastecem restaurantes, feiras orgânicas e supermercados. Basta ver o cinturão verde que abrange cerca de 70 municípios na grande São Paulo ou próximo a ela. Segundo a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) 40% das verduras e 10% dos legumes consumidos na capital paulista vêm deste cinturão verde.
E quando se pensa em comida vegana muita gente já pensa logo no preço, acreditando se tratar de alimentos caros. E com a correria do dia-a-dia, preparar alimentos fica mais complicado e muita gente recorre a restaurantes. E com o “novo normal” que vivemos devido á pandemia de Covid-19, precisamos nos adaptar a uma nova realidade. Muitos dos nossos hábitos tiveram que mudar. E por que não mudar nossa alimentação e fornecer para o corpo algo mais saudável e sustentável?
O restaurante Haya Falafel, em São Paulo, é um exemplo de que é possível aliar veganismo, boa alimentação, produtos frescos a um preço justo.
“Se você aprendeu a usar máscara, lavar mais as mãos, manter o distanciamento social, que tal se permitir a experimentar novos sabores e descobrir um mundo de possibilidades? O mundo está em transformação. Consumir mais produtos locais e frescos pode ser o primeiro passo para um novo estilo de vida.” – Afirma João Previ, um dos fundadores do Haya Falafel.
Com informações da Associação Brasileira de Veganismo; Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e Segundo a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
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