Passado e presente na garrafa: a cápsula do tempo de Curitiba

Restauradores de estátua encontram garrafa com manuscrito do século passado; texto revela que uma capsula do tempo ainda está escondida na cidade

A estátua é obra do curitibano João Turin (1879-1949). Ela foi doada pela comunidade italiana residente na cidade e inaugurada em 1927  na praça.

Como deixar uma marca para o futuro? De que maneira pode-se dizer às pessoas dos séculos vindouros como vivemos, o que fazemos e quem somos? Talvez uma cápsula do tempo possa ajudar. Brincadeira de escola, as cápsulas do tempo são recipientes que guardam jornais, documentos ou outros objetos característicos de determinada época. São geralmente enterradas ou escondidas, para que sejam encontradas apenas muito tempo depois.

Recentemente, uma garrafa antiga foi encontrada embaixo da estátua da Praça Triadentes, marco zero da cidade de Curitiba. O recipiente de vidro foi colocado ali por João Turin, autor da escultura do inconfidente mineiro, no dia 25 de janeiro de 1932. Dentro dela se encontravam uma moeda de 100 réis, com data de 1924, e uma carta assinada pelo escultor.

A surpresa ficou por conta do manuscrito, que afirma que há uma cápsula do tempo escondida na mesma praça. Segundo o texto, ela contém a primeira página do jornal “O Dia” de 21 de abril de 1927 – Dia de Tiradentes –, algumas moedas de níquel e cobre e uma ata com assinaturas de diversas autoridades.

Turin conta ainda que a cápsula encontra-se na mesma praça, no local em que a estátua de Tiradentes foi originalmente colocada, em 1927. Poucos anos depois, em 1932, ela seria removida do local original para onde estava até agora, quando foi retirada para restauração e revelou a mensagem.

A prefeitura alegou que pretende encontrar a cápsula do tempo de João Turin, mas não deu um prazo específico para isso. Até lá, fica a curiosidade.

Por Redação