Especial: Não deixe o samba morrer

Do samba de raiz, de roda, enredo ou até mesmo um bom pagode, os estilos deste tipo de música variam - nada mal para a cidade de São Paulo que sempre foi conhecida como o túmulo do gênero e que tem abrigado uma cena efervescente do nosso patrimônio nacional. Por isso, o Catraca Livre abre um especial contando um pouco sobre os sambas que rolam pela capital e que fazem qualquer um sacudir a poeira.

13/08/2009 12:00

Para abrir esta edição de quarta-feira ficamos com o Samba de Mesa:

Samba de Mesa

Entre tantos sambas da cidade, quarta e sexta-feira são os dias de cair na roda do boteco Mar3’Bar, na Vila Mercês, zona sul. O ambiente pequeno, porém aconchegante, reúne em média 60 pessoas que vêm da região da Vila Mercês, Jardim da Saúde, Vila Vera e Ipiranga.

Com apenas um ano de vida, o proprietário cheio de carisma, Tiago Sorriso, recebe os convidados para as noites regadas a bons sambas, petiscos e cerveja gelada. Ele administra o bar junto com a sua esposa, Adelita.

Para os foliões de plantão, cada noite homenageia um estilo diferente do ritmo. Na quarta, das 19h às 24h,  acontece o “Samba dos Amigos”, uma reunião de vários músicos, grupos de pagode e rodas de samba que vêm dos redutos do gênero de São Paulo para, juntos, fazer um som e tocar diferentes compositores. Da cartola, eles tiram: Noel Rosa, Jorge Aragão, Zé Kéti, Mussum, Zeca Pagodinho e por aí vai.

Na sexta, das 19h às 24h, o que pega é o “Pagode de Mesa”, comandado pelo Grupo Brilho Neon que canta repertório próprio, músicas contemporâneas e antigas. Já em alguns sábados, definidos pelos proprietários da casa, é a vez de uma feijoada com pagode para completar o fim de semana.

“Começamos a fazer os sambas, primeiro porque a região é propícia para esse estilo de som e, depois, porque eu sou um apaixonado pelo gênero de raiz”, conta Tiago, que carrega o ritmo na veia e sempre foi conhecido nas rodas de samba da região.