9 lugares imperdíveis para aproveitar ao máximo a Praça Mauá
De cais a polo cultural, a história do lugar e o que não dá para perder no passeio
Para quem dá um rolé hoje pela Praça Mauá é difícil acreditar que lá era intransitável poucos anos atrás. Fundada em 1910 para servir como cais do porto, chegando pelos anos 2000 e blau, a região era bem sinistra pela noite. Salvo pela Pedra do Sal, alguns sambas e uma miniportinha que dava no Angu do Gomes, no Largo da Prainha, e raves nos armazéns, não era uma região tranquila de frequentar.
Falsos legados Olímpicos e gastos exorbitantes à parte – estamos aqui pela e para a cultura -, a Praça Mauá ganhou ares modernosos e hoje concentra história e cultura para um passeio lindo. Selecionamos aqui alguns dos pontos, de novos a antigos, que valem ser vistos por lá.
1) Museu do Amanhã
Dava até para começar por outro lugar, mas este espaço cultural conquista qualquer um que passe pela praça. Seja por sua arquitetura diferentona, pelas temáticas modernas e futuristas das exposições ou até mesmo para tirar uma foto do lado de fora. Para conhecer por dentro, o primeiro conselho é PROGRAME-SE. Aos finais de semana e feriados, quando a cidade fica naturalmente mais cheia, podem rolar umas filas monstruosas. Pegue seu ingresso antecipado e se garanta.
Onde? Ali na Praça mesmo
Quando? Terça a Domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h)
Quanto? R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada – grátis às terças
Confira a programação do Museu!
2) MAR – Museu de Arte do Rio
Inaugurado em 2013, o MAR é um pacotão completo: arte, educação, música e uma vista linda da Praça Mauá. Além dos salões de exposição, sempre recheados de mostras muito legais, todo mês tem o MAR de Música, com apresentações nos pilotis, além de programas educativos e um terraço de fazer inveja.
Onde? Praça Mauá
Quando? Terça a Domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h)
Quanto? R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada – grátis às terças
Confira a programação do Museu!
3) Angu do Gomes
Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade honra seu nome com pratos muito saborosos e preços razoáveis. O angu tradicional é imperdível (R$ 22,50), mas o prato também pode ser pedido na versão vegetariana, com frutos do mar, frango, calabresa ou carne moída. O angu também serve para massa do bolinho, que sai a R$ 6,30, a unidade. Se estiver cheio, sol a pino e você ansiosx, deixe para outro dia. Mas se estiver com tempo e paz no coração, pare para uma cerveja pelo menos.
Onde? Largo de São Francisco da Prainha
Quando? Segunda a quinta, das 11h às 22h | Sexta, das 11h às 23h | Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h (fechado o último dom do mês)
4) Graffitis
Revitalizada, a região ganhou obras de diversos artistas que colorem o caminho pelos armazéns, saindo da Praça. Destaque para o mural “Etnias”, do paulistano Eduardo Kobra, declarado pelo Guinness Book de 2016 como o maior do mundo. Outro campeão de cliques dos visitantes é o graffiti de Rita Wainer com os dizeres “Saudade é amor / Te sigo esperando”. Destaque ainda para o desenho da carioca Panmela Castro, artista que sempre ressalta a mulher e as questões de gênero.
5) Casa Porto
Um dos lugares que movimenta culturalmente a região, a casa é reduto do samba e pilar da valorização cultural da Zona Portuária do Rio. Tem toda uma programação cultural com música, encontros de artistas e gastronomia. Se ligue aqui!
Onde? Largo de São Francisco da Prainha
Quando? Segunda a sexta, das 10h às 22h (Intervalo entre 12h e 13h) e sábados, das 11h às 18h
6) Orla Conde ou Boulevard Olímpico
Um passeio público lindo com 3,5km de extensão, que liga o Armazém 8 do Cais do Porto à Praça da Misericórdia, passando por 28 pontos culturais da cidade – entre eles, os museus do Amanhã e de Arte do Rio e o Mural Etnias que citamos por aqui. Por lá acontecem feiras culturais e é uma oportunidade para caminhar pelo centro, visitando a Praça Marechal Âncora, passando pela Igreja da Candelária, chegando à Praça Mauá e indo até a Praça Muhammad Ali.
Onde? Orla entre o Mosteiro São Bento e o AquaRio
7) Pedra do Sal e Quilombo
Tradição e resistência. Tombada em 1984 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, a Pedra do Sal reúne a Comunidade Remanescentes de Quilombos da região e é um reduto da cultura negra, do samba e do choro. Às segundas, a Pedra do Sal recebe cariocas e turistas que lotam o lugar para bebericar e ouvir boas rodas de samba. Este é o único monumento religioso que preservou a cultura afro-brasileira na região.
8) Jardim Suspenso do Valongo
Muito próximo da Pedra do Sal, tem um outro passeio que vale e muita gente não conhece. Na subida do Morro da Conceição tem um jardim lindo, com mirante e tudo, perfeito para tirar fotos e passear. Tem paisagismo no estilo de jardim francês e réplicas das estátuas dos Deuses Minerva, Marte, Ceres e Mercúrio.
Onde? Rua Camerino, s/n – Centro
Quando? Terça a domingo, das 10h às 18h
9) Fortaleza da Conceição
Monumento erguido em 1713 para abrigar os canhões que protegeriam – uma única vez – a orla do antigo Cais do Porto e ilhas próximas, a Fortaleza da Conceição guarda documentos cartográficos e filmes aerofotográficos do país. Com vista para a enseada do Rio, o espaço tem uma capela e as masmorras onde ficaram presos os líderes da Inconfidência Mineira. As visitas devem ser agendadas!
Onde? Rua Major Daemon, 81, Saúde | 21 2223-2177 e 2263-9035
Quando? Segunda a quinta, das 7h às 16h; sexta, das 7h às 12h