Cineasta japonês Seijun Suzuki ganha retrospectiva 0800 no IMS Rio

Com seu senso de humor particular, o consagrado diretor influenciou nomes como Quentin Tarantino, Jim Jarmusch e Takeshi Kitano

Por: Redação

Até 08 de março de 2020

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Diversos horários

Grátis

Site: ims.com.br

Telefone: (21) 3284-7400

Cineminha é tudo de bom, não? E se for 0800, melhor ainda, certo? Então se liga nessa dica: o consagrado cineasta japonês Seijun Suzuki (1923-2017) está com uma retrospectiva no IMS Rio.

Em “Pistol Ópera” acompanhamos a rivalidade entre um grupo de assassinos
Créditos: Reprodução
Em “Pistol Ópera” acompanhamos a rivalidade entre um grupo de assassinos

Com um senso de humor muito particular, seus filmes são conhecidos pelas cores fortes e as cenas de ação – além de uma estética surrealista. E sua obra influenciou grandes diretores, como Quentin Tarantino, Jim Jarmusch e Takeshi Kitano. Confira a programação completa da mostra aqui.

Seijun Suzuki passou mais de 50 anos dedicado ao cinema, com uma produção multifacetada e vasta. Tudo começou em 1950, nos estúdios Nikkatsu, que, na época, lançavam filmes de baixo orçamento e alta popularidade, principalmente com histórias de máfia.

Neste primeiro momento, destaca-se “Tudo vai mal” (1960), filme sobre um grupo de adolescentes que vaga pelas ruas, roubando carros. Há semelhanças com “Acossado”, de Jean-Luc Godard, marco da nouvelle vague francesa lançado no mesmo ano.

“Tudo Vai Mal” é um dos destaques da primeira fase de Suzuki
Créditos: Reprodução
“Tudo Vai Mal” é um dos destaques da primeira fase de Suzuki

Ao longo da vida, sua obra foi adquirindo novas características. Entre 1963 e 1967, o diretor passou a recusar a verossimilhança, utilizando muitos cortes abruptos. Um dos destaques dessa fase é “A Marca do Assassino” (1967), que explorava o universo dos assassinos de aluguel do submundo japonês.

Um dos filmes mais conhecidos de Suzuki é “A marca do assassino”
Créditos: Reprodução
Um dos filmes mais conhecidos de Suzuki é “A marca do assassino”

As cores chamativas ganharam espaço em sua cinematografia, até que Suzuki rompeu com os estúdios Nikkatsu e ficou dez anos sem filmar.

Quando voltou a produzir, quis autonomia total para concretizar os projetos. Desta época, vale prestar atenção em “Zigeunerweisen” (1980), primeiro filme da sua famosa “trilogia de Taisho”, que faz referência ao Japão dos anos 1910-1920, e tem uma atmosfera onírica. O longa venceu quatro prêmios da Academia Japonesa em 1981, incluindo os de Melhor Filme e Melhor Diretor.

No IMS Rio, os fãs e os curiosos podem assistir 17 longas, que contemplam um grande panorama de sua obra. A seleção também inclui os dois últimos filmes do cineasta: “Pistol Ópera” (2001), que é uma reencenação de “A marca de um Assassino”, mas com um viés abstrato, e “Princesa Guaxinim” (2005), sobre um príncipe que se apaixona por um guaxinim.

A mostra fica em cartaz até dia 8 de março. No entanto, por conta do Carnaval, entre os dias 17 de fevereiro e 2 de março, não vai haver sessões.

Você já foi em um desses cinemas maneiríssimos?