Incêndio no Museu Nacional inspira musical em cartaz no Rio

Entre os itens recuperados dos escombros está o esqueleto de Luzia, o fóssil humano mais antigo do país, que ganha vida no espetáculo

Até 30 de abril de 2023

Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Quinta a sábado, às 20h
Domingo, às 18h
Sessões extras: dias 22 e 29 de abril, às 16h

Destruído por um incêndio de grandes proporções em setembro de 2018, ano de seu bicentenário, o Museu Nacional do Rio de Janeiro perdeu grande parte do seu impressionante acervo de cerca de 20 milhões de itens.

A tragédia – em todo o seu valor real e simbólico –, foi o ponto de partida para a criação de um espetáculo inédito!

Espetáculo marca os 10 anos da Cia Barca dos Corações Partidos e aborda o incêndio no Museu Nacional
Créditos: Annelize Tozetto
Espetáculo marca os 10 anos da Cia Barca dos Corações Partidos e aborda o incêndio no Museu Nacional

O musical “Museu Nacional [todas as vozes do fogo]” passou por uma temporada de sucesso em São Paulo e agora desembarca no Teatro Riachuelo Rio, onde fica em cartaz até 30 de abril.

Os ingressos custam entre R$ 25 (meia) e R$ 120 (inteira), dependo do setor, e estão disponíveis no site da Sympla ou na bilheteria do teatro.

Saiba mais:

Em meio aos escombros do museu, peças do acervo estão sendo resgatadas e recuperadas, em um longo e minucioso processo.

Uma das mais emblemáticas é o esqueleto humano de mais de 11 mil anos descoberto em Lagoa Santa (MG), em 1975.

O mais antigo remanescente humano encontrado no país – a mulher de traços afro-indígenas batizada de Luzia –, cujo crânio resistiu ao incêndio no Museu, ganha vida e assume o papel de narradora atemporal do espetáculo, criando pontes entre diferentes momentos da história, na pele da atriz Ana Carbatti.

O musical é narrado por Luiza, o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil
Créditos: Annelize Tozetto
O musical é narrado por Luiza, o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil

Luzia, ela própria uma “sobrevivente” do incêndio, faz uma espécie de visita guiada pelo edifício interditado pelo fogo, pelos setores do museu e suas peças, no primeiro dos três atos do espetáculo.

No segundo ato, os limites do prédio são extrapolados e o Museu Nacional se transforma em uma metáfora da memória do Brasil, começando pela origem escravocrata, as oligarquias brancas, os povos originários e os povos negros.

O terceiro e último ato trata do momento atual, a devastação do museu e do próprio país, de forma mais sóbria e realista.

O espetáculo é embalado por cerca de 20 canções inéditas que passeiam por diversos ritmos brasileiros.

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