Incêndio no Museu Nacional inspira musical em cartaz no Rio
Entre os itens recuperados dos escombros está o esqueleto de Luzia, o fóssil humano mais antigo do país, que ganha vida no espetáculo
Até 30 de abril de 2023
Quinta - Sexta - Sábado - Domingo
Quinta a sábado, às 20h
Domingo, às 18h
Sessões extras: dias 22 e 29 de abril, às 16h
Site: teatroriachuelorio.com.br
Telefone: (21) 99566-7469
Destruído por um incêndio de grandes proporções em setembro de 2018, ano de seu bicentenário, o Museu Nacional do Rio de Janeiro perdeu grande parte do seu impressionante acervo de cerca de 20 milhões de itens.
A tragédia – em todo o seu valor real e simbólico –, foi o ponto de partida para a criação de um espetáculo inédito!
O musical “Museu Nacional [todas as vozes do fogo]” passou por uma temporada de sucesso em São Paulo e agora desembarca no Teatro Riachuelo Rio, onde fica em cartaz até 30 de abril.
Os ingressos custam entre R$ 25 (meia) e R$ 120 (inteira), dependo do setor, e estão disponíveis no site da Sympla ou na bilheteria do teatro.
Saiba mais:
Em meio aos escombros do museu, peças do acervo estão sendo resgatadas e recuperadas, em um longo e minucioso processo.
Uma das mais emblemáticas é o esqueleto humano de mais de 11 mil anos descoberto em Lagoa Santa (MG), em 1975.
O mais antigo remanescente humano encontrado no país – a mulher de traços afro-indígenas batizada de Luzia –, cujo crânio resistiu ao incêndio no Museu, ganha vida e assume o papel de narradora atemporal do espetáculo, criando pontes entre diferentes momentos da história, na pele da atriz Ana Carbatti.
Luzia, ela própria uma “sobrevivente” do incêndio, faz uma espécie de visita guiada pelo edifício interditado pelo fogo, pelos setores do museu e suas peças, no primeiro dos três atos do espetáculo.
No segundo ato, os limites do prédio são extrapolados e o Museu Nacional se transforma em uma metáfora da memória do Brasil, começando pela origem escravocrata, as oligarquias brancas, os povos originários e os povos negros.
O terceiro e último ato trata do momento atual, a devastação do museu e do próprio país, de forma mais sóbria e realista.
O espetáculo é embalado por cerca de 20 canções inéditas que passeiam por diversos ritmos brasileiros.