Museu Catavento: o lugar onde lazer e ciência se encontram
Com mais de 10 anos desde sua abertura, o Museu Catavento apresenta 250 instalações que instigam a curiosidade do visitante
A ciência pode ser MUITO legal! Prova disso é o Museu Catavento. O espaço interativo de artes, ciência e conhecimento, instalado em um dos edifícios históricos mais importantes da cidade − o Palácio das Indústrias − apresenta mais de 250 instalações que encantam o visitante. Dá pra passar o dia inteirinho lá!
Nada fica de fora: do átomo ao maior planeta do Sistema Solar; do menor inseto aos maiores animais da Terra; das leis da física às transformações químicas; do ecossistema à questão da preservação ambiental… Tudo apresentado de forma lúdica, para fazer da visita uma prazerosa viagem ao mundo do conhecimento e da cultura.
O Museu Catavento é dividido em quatro grandes seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, com instalações que podem materializar desde ideias simples, como reproduzir o chão da lua com a pisada do astronauta Neil Armstrong ou apertar uma das estrelas que compõem a bandeira do Brasil e saber qual Estado ela representa; experimentar confusões do cérebro na “casa maluca” ou ainda compreender como funciona a eletricidade estática que faz os cabelos ficarem em pé, como outras bem mais complexas. Grande parte das instalações são interativas e podem ser manipuladas com e sem ajuda de guias.
Em julho de 2014, o museu abriu ao público uma área de exposições de cerca de mil metros quadrados em suas arcadas subterrâneas, até então fechadas aos visitantes. Ter a chance de caminhar pelo subterrâneo do Palácio das Indústrias (construído entre 1911 e 1924 pelo escritório de Ramos de Azevedo para ser um espaço de exposições) já é, por si só, um programa extremamente prazeroso, que encanta a todos.
Poder, além disto, ir fundo no conhecimento de um dos assuntos que mais intrigam o ser humano, a evolução da espécie, ou “embarcar” em aventuras que parecem sonhos, é o que podemos chamar de oportunidade imperdível.
Ocupam o espaço
1. Do Macaco ao Homem
A exposição permanente Do Macaco ao Homem, que apresenta um acervo único na América Latina, acumulado pelo Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP, e leva o visitante a voltar sete milhões de anos no tempo para entender os principais passos da linha evolutiva da espécie humana.
2. Viagem ao fundo do Mar
A instalação Viagem ao fundo do Mar convida o visitante a entrar em um submarino que o levará a uma viagem interativa e divertida. A tripulação (composta por 24 exploradores) participa de uma sessão de pesquisa no fundo do mar e se intera dos instrumentos que são usados para esse tipo de exploração. A instalação e o roteiro da viagem foram concebidos pelo Museu Catavento em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-TEC) da Universidade de São Paulo (USP).
3. Aventura no Sistema Solar
A instalação Aventura no Sistema Solar é uma nave espacial projetada para prover entretenimento e aprendizagem. O visitante embarca e torna-se um astronauta. Em sua viagem, tem a oportunidade de ver o planeta Terra “de fora”, conhecer de perto outros planetas do sistema solar e se aventurar por diversas missões solucionadas pelo trabalho em equipe. Tanto o roteiro quanto a estrutura tecnológica da nave espacial foram criados pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-TEC) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Catavento.
4. Sala se Liga no Lego
Para completar, a Sala se Liga no Lego tem por objetivo estimular a criatividade e a inventividade de crianças e adolescentes por meio da montagens de equipamentos simples, feitos com peças de Lego. Ao tentar vencer os desafios propostos pelos monitores, os visitantes são levados a aprender conceitos básicos de física, engenharia e matemática, ao mesmo tempo em que se divertem com as cores, formas e possibilidades de montagem propostas pela Lego Education.
Em 2016, o Museu Catavento recebeu a reformulação da sala do DNA e, em 2017, o restauro da fachada do Palácio das Indústrias e a inauguração das instalações sala de realidade virtual Dinos do Brasil; Mecanismo de Anticítera; Jardim de Polinizadores; O Mundo do Perfume e Mundo das Abelhas.
A antiga Sala do DNA, na seção Vida, foi desmontada para dar espaço a um novo projeto cenográfico que aborda o tema a partir de hologramas e painéis interativos. Além disso, uma escultura de 3 metros foi montada para mostrar a estrutura de uma molécula de DNA humano, uma solução para ilustrar o DNA de forma realística já que o formato conhecido pela maioria das pessoas não condiz com o real.
Já a Sala Dinos do Brasil, a mais nova sala do Museu Catavento, proporciona uma experiência interativa e imersiva por meio de tecnologia de realidade virtual. A seção permite que seu usuário viaje 250 milhões de anos no passado e confira como viveram os dinossauros que habitaram o território brasileiro, na era mesozoica.
O Mundo das Abelhas, o Jardim de Polinizadores e o Borboletário compõem o Complexo de Polinizadores. O Jardim de Polinizadores tem mais de 10 mil mudas e 28 espécies de flores plantadas para atrair os agentes polinizadores e auxiliar na explicação de como se dá o processo de polinização. O jardim foi instalado junto do borboletário; e o Mundo das Abelhas (Seres Polinizadores) é um projeto do museu onde as abelhas são protagonistas.
Pensa que acabou? Nada disso! O centro cultural ainda conta com o Museu da Tecnologia, transferido pra lá em 2011, que conta com os equipamento: locomotiva Dübs (fabricada em 1888 na Inglaterra, ela pertenceu à Cia. Paulista de Estradas de Ferro e foi usada brevemente para o transporte de carga) e o avião DC-3 (1936), que foi utilizado como cargueiro militar na Segunda Guerra Mundial. O Museu Catavento também painéis solares em sua área externa como objetivo de difundir a ideia do uso de energias renováveis para o público jovem. O conjunto de painéis movimenta quatro elementos: um modelo do sistema solar, um “ser humano” que move engrenagens, um “peixe articulado” e um catavento.
Demais, né? As visitações acontecem de terça a domingo, das 9h às 17h, e têm entrada até R$ 10. Às terças, a entrada é gratuita.