Museu Judaico de SP se prepara para reabrir em 2020

Uma das laterais do prédio foi transformada num paredão de vidro curvado com vista para a Avenida Nove de Julho

Você já deve ter passado pela Bela Vista, mais precisamente na rua Martinho Prado, e reparado que uma sinagoga está circulada por tapumes e andaimes há um bom tempo. É que ali fica o Museu Judaico de SP, que está em reforma há oito anos!

As obras acabaram recentemente, em agosto de 2019, e agora só faltam desenvolver as atividades das salas de exposição e alguns detalhes de design da biblioteca, do café e da lojinha de lá. A ideia é que tudo fique pronto até o primeiro semestre de 2020!

A proposta do espaço é apresentar os costumes, a cultura, a religião e a história de judeus no Brasil para o público em geral
Créditos: divulgação
A proposta do espaço é apresentar os costumes, a cultura, a religião e a história de judeus no Brasil para o público em geral

Ao todo, o museu contempla quatro pavimentos para exposições do acervo e temporárias, com parcerias internacionais. Outra etapa dessa reforma toda vai criar uma ligação do museu com um prédio vizinho, onde vai ficar o auditório do centro cultural.

Quando reabrir, o Museu Judaico de SP vai seguir a proposta de apresentar os costumes, a cultura, a religião e a história de judeus no Brasil para o público em geral.

O objetivo é gerar empatia, conectar histórias, trabalhar preconceitos e estereótipos dessa comunidade, além de dividir um pouco da essência do judaísmo enquanto cultura.

As salas expositivas do museu vão ter peças de um acervo com mais de 2,5 mil objetos e documentos históricos, além do mobiliário da sinagoga, misturados a dispositivos digitais.

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No altar, por exemplo, no espaço em que geralmente fica a torá (o livro sagrado dos judeus), vai ser disposta uma mesa interativa com o conteúdo do livro.

E muita coisa rara vai ser exposta por lá, viu? Como contratos de casamentos de judeus na Amazônia, mapas de uma colônia estabelecida no Rio Grande do Sul em 1904 e um cartaz antissemita alemão, do período nazista.

No prédio em si, a mudança já é bastante perceptível – pra quem se lembra da antiga sinagoga antes das reformas. A maior delas já é visível da rua: uma das laterais do prédio foi ampliada até a Avenida Nove Julho.

Toda de vidro e curvada, essa lateral do Museu Judaico de SP vai permitir que o público veja grande parte da avenida.

Será que vamos ganhar mais um mirante em SP? Não sabemos, mas já estamos ansiosos por mais um espaço cultural na cidade!

Antes do Museu Judaico de SP…

… O prédio foi o Templo Beth-El. Durante décadas, ali gerações celebraram suas datas especiais.

Em 2004, o Beth-El passou as instalações para o Museu Judaico de SP. A exemplo de outros museus pelo mundo, que tiveram sua origem em sinagogas, o espaço passa por uma ampla reforma, que preserva o ambiente original e amplia seu objetivo, perpetuando a memória daqueles que viabilizaram o núcleo inicial.

Construído em 1929 por Samuel Roder a pedido de um grupo de imigrantes europeus, a sinagoga de estilo bizantino – pouco comum em São Paulo – tem sete lados, a fim de enfatizar os sete dias da criação, as sete cores do arco-íris.

O prédio é tombado desde 2013 como patrimônio municipal e é considerado a “primeira grande sinagoga fora do Bom Retiro”, bairro historicamente ligado à imigração judaica.

Outros espaços para conhecer a cultura judaica

Enquanto o Museu Judaico de SP não fica pronto, conheça outros lugares para mergulhar na cultura judaica:

Horário: segunda a quinta, das 9h às 17h; sexta, das 9h às 15h; e domingo mediante agendamento
Endereço: Rua da Graça, 160 – Bom Retiro
Entrada gratuita

Horário: segunda a quinta, das 9h às 17h; sexta, das 9h às 15h; e domingo mediante agendamento
Endereço: Rua da Graça, 160 – Bom Retiro
Entrada gratuita

Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Endereço: Rua Estela Sezefreda, 76 – Pinheiros

Horário: terça-feira a domingo, as 10h às 19h
Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500 – Pinheiros

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