Passeio guiado visita vilas operárias históricas em São Paulo

Tour passa por lugares importantes para a cidade, que ainda preservam a arquitetura original, como as vilas dos Ingleses, Maria Zélia e Economizadora

18/07/2018 21:00 / Atualizado em 24/07/2024 23:13

Que tal tirar um dia para conhecer a história de São Paulo a partir da perspectiva das pessoas que trabalharam em grandes fábricas ou na construção de ferrovias entre o final do século 19 e as primeiras décadas do século 20? Organizado pela agência Passeios Baratos em São Paulo, o tour Circuito Vilas Operárias passa por vários patrimônios históricos desse tipo, que ainda preservam a arquitetura original e estão cheios de fatos históricos. O passeio acontece no próximo domingo, dia 22, a partir das 13h30, com ponto de encontro em frente ao CCSP – Centro Cultural São Paulo.

Vila Maria Zélia abrigava operários de uma fábrica de tecidos no Belenzinho
Vila Maria Zélia abrigava operários de uma fábrica de tecidos no Belenzinho

Para participar, é preciso realizar uma inscrição e pagar o valor de R$75, que inclui ônibus fretado, guia de turismo e monitoria na Vila Maria Zélia. As reservas são feitas pelo e-mail [email protected], pelo WhatsApp (11) 94562-3015, ou pelo site Sympla. Nos dois primeiros casos, é preciso enviar nome completo e celular, aguardar o número da conta bancária para depósito/transferência e reevniar o comprovante de pagamento da taxa.

Com aproximadamente 4h30 de duração, o tour passa por vários pontos históricos em São Paulo, como as vilas Normanda, Itororó, Suíça, Queiroga e dos Estudantes, a Travessa Ruggero, o Jardim Francisco Marcos e a Rua Ilha das Flores. Além disso, são feitas paradas nas Vilas Maria Zélia, dos Ingleses e Economizadora.

Inaugurada em 1917, a Vila Maria Zélia foi construída pelo médico e industrial Jorge Street para abrigar os 2.500 funcionários que trabalhavam na sede do Belenzinho da tecelagem Cia. Nacional de Tecidos da Juta. Quem projetou as casas, escolas, estabelecimentos comerciais e as ruas desse lugar foi o arquiteto francês Paul Pedraurrieux.

O nome do lugar é uma homenagem a Maria Zélia Street, filha do empresário que morreu aos 16 anos. O lugar assistiu a fatos históricos importantes como a Revolução Tenentista. Lá também funciona a sede do Grupo XIX de Teatro, que ocupa, desde 2004, um antigo armazém anteriormente abandonado.

A Vila dos Ingleses é um aglomerado de 28 casas, construídas entre 1915 e 1919,
A Vila dos Ingleses é um aglomerado de 28 casas, construídas entre 1915 e 1919,

A Vila dos Ingleses, localizadas na Luz, é um aglomerado de 28 casas, construídas entre 1915 e 1919, que serviram de morada para os engenheiros ingleses que trabalharam na construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí. A arquitetura dos sobrados tem influências dos estilos vitoriano e colonial brasileiro. Antes de ser um bairro operário, o terreno fazia parte do jardim do palacete da Marquesa de Itu. Nos anos de 1950, o local abrigou pensionatos católicos e clubes de funcionários federais.

Localizada na Luz, a Vila Economizadora foi construída pelo empreiteiro italiano Antônio Bocchini
Localizada na Luz, a Vila Economizadora foi construída pelo empreiteiro italiano Antônio Bocchini

Já a Vila Economizadora, construída pelo empreiteiro italiano Antônio Bocchini, foi inaugurada em 1915. O espaço abrigou operários de várias fábricas na capital paulista quando a cidade vivia um intenso processo de industrialização. A vila era organizada em seis quadras, com imóveis térreos, e abrigava principalmente imigrantes alemães e italianos.