Última peça dirigida por Jô Soares estreia no Teatro Procópio Ferreira
Escrito em 1938 por Patrick Hamilton, "Gaslight - Uma Relação Tóxica" é um dos textos de maior sucesso da Broadway
Até 18 de setembro de 2022
Sexta - Sábado - Domingo
Sexta, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 19h
Você tem a chance de assistir ao último trabalho de Jô Soares (1938-2022) para o teatro entre os dias 9 e 18 de setembro. Esse talentoso humorista, apresentador, escritor, dramaturgo, diretor teatral e ator dedicava-se, desde 2018, à adaptação de “Gaslight – uma Relação Tóxica”, um dos textos de maior sucesso da história da Broadway, publicado em 1938.
As sessões acontecem às sextas, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 19h. Os ingressos custam custam de R$40 (meia-entrada) a R$150 (inteira), dependendo do setor escolhido. Garanta sua entrada neste link aqui.
Escrito originalmente por Patrick Hamilton (1904-1962), o trabalho trata de abuso psicológico nos relacionamentos afetivos. Na trama, um casal que parecia perfeito passa a vivenciar um conflito. Isso porque Jack era um marido doce e apaixonado, até que sua esposa Bella alega sofrer de algum tipo de desequilíbrio mental.
De repente, ele se torna impaciente e pouco cordial, reagindo negativamente aos pedidos de amparo da esposa. Jack alega que não tem forças para lidar com a situação.
Nesse contexto, o diagnóstico de Bella é acompanhado de perto pela fiel governanta Elizabeth e pela jovem e extrovertida Nancy, a nova arrumadeira do casarão. Para completar a história, Ralf, um inspetor de polícia, tem uma ligação curiosa com a casa habitada pelo casal e essa relação pode despertar os fantasmas que ainda habitam os cômodos com seus segredos.
Jô Soares assina a direção, a tradução e a adaptação do texto. O projeto foi idealizado por Giovani Tozi, que está no elenco e faz a produção ao lado de Priscila Prade. Os outros atores e atrizes da montagem são Érica Montanheiro, Kéfera, Leandro Lima e Neusa Maria Faro.
De acordo com e equipe, a única coisa que Jô Soares não viu foi o elenco caracterizado. Os outros elementos da encenação, inclusive o cenário, já estavam definidos antes de ele ser internado. Aliás, a ideia de uma teia de aranha de 14 metros cobrindo todo o palco foi desse grande mestre, para retratar a difícil situação de Bella, que não tinha forças para se libertar da opressão.
Vale dizer que “Gaslight – uma Relação Tóxica” foi adapado para o cinema em 1944, com direção de George Cukor. Hoje, o termo gastilight é utilizado para descrever a ação do agressor que faz com que a vítima duvide de si mesma e de sua sanidade e ficou muito popular por conta do movimento feminista.
No Brasil, o espetáculo teve uma montagem de destaque em 1949, no TBC, com direção de Adolfo Celi
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