Espetáculo no Teatro do Sesi explora a rivalidade entre Mary Stuart e Elizabeth I
Com direção de Nelson Baskerville, peça resgata o o universo dark das histórias medievais
Até 27 de novembro de 2022
Todos os dias
Quintas, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h | Sessões com tradução em Libras: 27 de agosto, 24 de setembro e 26 de novembro, sábados, 20h | Sessão com audiodescrição: 29 de outubro, sábado, 20h
Entenda a rivalidade entre Mary Stuart e Elizabeth I de um jeito diferente. As consagradas rainhas da Escócia e da Inglaterra no século 16 são as personagens centrais do espetáculo que fica em cartaz no Teatro do Sesi entre os dias 19 de agosto e 27 de novembro.
“Mary Stuart”, com direção de Nelson Baskerville, é apresentada gratuitamente às quintas, sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h. E você pode reservar o ingresso por este link aqui. As reservas são liberadas às segundas-feiras, às 8h, para as apresentações que acontecem na mesma semana, até esgotarem os ingressos.
No palco, Anna Cecília Costa e Virginia Cavendish dão vida a essas figuras tão importantes. Dividem a cena com a dupla um time poderoso formado por Chris Couto, Genézio de Barros, César Mello, Fernando Pavão, Joelson Medeiros, Iuri Saraiva, Fernando Vitor, Alef Barros, Letícia Calvosa.
A história é uma adaptação assinada por Robert Icke e traduzida por Ricardo Lísias de “Mary Stuart”, texto clássico do teatro alemão escrito por Friedrich Schiller em 1800. Mas não é uma biografia!
Rivalidade entre Mary Stuart e Elizabeth I
A narrativa parte da disputa pelo poder entre as monarcas e primas Elizabeth I e Mary Stuart na Inglaterra. De um lado, Mary era a única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, assumindo o trono ao seis dias de vida. No entanto, mesmo tendo vários maridos, ela sempre atuou como a rainha consorte (o equivalente à primeira-dama).
Do outro, Elizabeth I, filha bastarda do rei Henrique VIII, era considerada pelos católicos ingleses como a legítima soberana da Inglaterra. E, em uma tentativa de assumir o poder da prima, a monarca até se envolveu em uma revolta conhecida como Rebelião do Norte.
Inclusive, considerando Mary uma ameaça real, Elizabeth I tratou de aprisioná-la em vários castelos e mansões no interior do país. Até que, 19 anos depois, a rainha da Escócia foi condenada por tramar o assassinato da prima de dentro da própria prisão. É decapitada em 1587, aos 44 anos.
Dessa forma, a história foi mais gentil com Elizabeth I, que assumiu o reinado aos 25 anos e, ao contrário de sua rival, exerceu ativamente o poder e abriu mão de se casar e ter filhos para continuar com sua soberania. Ela também é considerada uma das rainhas mais prósperas, responsável por conduzir a monarquia inglesa por sua chamada “Era de Ouro”.
A peça
Ao mergulhar nesse universo carregado de traição, violência e desonestidade, Baskerville quis explorar uma atmosfera medieval dark. Por isso, a iluminação foi construída a partir do contraste claro/escuro, com luzes indiretas muito usadas no cinema expressionista alemão.
Os cenários remetem ao clima noir. A existência de dois ou mais níveis dá a ideia do poder e os seus degraus. Na verdade, tanto Mary quanto Elizabeth I estão aprisionadas. Isso porque, de acordo com o diretor, há um mundo dominado por homens exigindo que elas sigam as suas regras.
Para intensificar ainda mais esse desconforto, o elenco estará praticamente em cena o tempo inteiro, escutando através das paredes e tramando. Ninguém nunca está sozinho.
#VivaACidadeNaResponsa: ao comparecer aos eventos, não se esqueça de levar o seu passaporte de vacinação. Sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? 💚
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