A rica essência do projeto Sambabook

11/07/2014 16:26

Quando o encontro de gerações enriquece a música
Quando o encontro de gerações enriquece a música

O resultado final da homenagem prestada a Zeca Pagodinho com o Sambabook, coletânea multimídia que explora a obra do sambista, é completo: novas leituras, amigos reunidos, qualidade e interação musical. A mistura de pessoas para compor o trabalho é a verdadeira jóia desta produção.

Com 26 músicas autorais, o Sambabook Zeca Pagodinho seduz os ouvidos dos amantes do samba através de vozes que permeiam diferentes estilos brasileiros. Do hip hop ao pop, sem deixar a MPB e alguns mestres de lado, a obra de Jessé Gomes da Silva Filho é cantada também por 26 convidados.

Passeando entre a velha guarda até jovens da cena contemporânea, o contraste dos participantes é evidente. A Madrinha Beth Carvalho e o rapper Emicida destoam em quase tudo.

Mas ao entrarem na cadência do samba clássico de Zeca, resta uma inevitável harmonia em que ambos assinam com suas características únicas as interpretações “Lama nas Ruas” e “Bagaço da Laranja”, respectivamente.

Emicida aproxima a juventude de uma das principais expressões brasileiras, o samba, misturada a agilidade do rap. Enquanto isso, Beth atrai um público mais maduro com seu tom grave e 48 anos de carreira. A escolha dos convidados, de gerações que divergem em estilo e experiência, traz diversas faces para o Sambabook. De Maria Rita a Alcione, Diogo Nogueira a Almir Guineto, Gilberto Gil a Marcelo D2, a obra de Zeca fica bem representada.