Ainda com áreas contaminadas, USP Leste volta a receber aulas

Alunos voltaram às atividades nesta semana com tapumes protegendo as áreas ainda contaminadas e interditadas

19/08/2014 18:53 / Atualizado em 04/05/2020 14:49

Fechado desde janeiro, o campus da USP Leste voltou a receber aulas nesta semana. O local havia sido interditado pela Justiça devido a uma contaminação de gás metano no subsolo, mas foi liberado no final de julho e, mesmo com greve de funcionários e professores, voltou às atividades.

Durante a interdição, os quase cinco mil alunos da unidade foram transferidos para unidades da Fatec, Unicid e para o campus Butantã da USP.
Durante a interdição, os quase cinco mil alunos da unidade foram transferidos para unidades da Fatec, Unicid e para o campus Butantã da USP.

A interdição foi ordenada quando se constatou a presença do gás altamente inflamável, proveniente de dejetos retirados da dragagem no Rio Tietê e da presença de terra e outros entulhos contaminados. Desde então, os alunos alternaram períodos sem aulas e improvisações em outras unidades.

Mesmo com a volta às aulas, contudo, algumas áreas do campus ainda estão interditadas e separadas dos alunos por tapumes. Foram instalados dutos de ventilação para permitir a saída do gás metano do subsolo e 23 bombas auxiliam esse processo. Como os edifícios foram construídos sobre dejetos, o procedimento continuará sendo feito por tempo indeterminado, para evitar o acúmulo do gás.

Terra de ninguém

O Ministério Público Estadual está investigando se parte da terra contaminada no campus teria saído das obras do Templo de Salomão, inaugurado recentemente no Brás. O aterro de origem desconhecida, formado entre 2010 e 2011, foi um dos principais focos de contaminação da USP Leste.

De acordo com o inquérito, a área do templo também estaria contaminada. Professores relataram que mais de seis mil caminhões com terra clandestina entraram no campus nesse período. com conhecimento de seu diretor.

Via EBC.