Aposentado corre ultramaratona para ajudar pessoas com câncer

Você compraria quilômetros de uma corrida? E se o dinheiro arrecadado fosse para ajudar uma entidade beneficente? A ideia da “ultramaratona solidária” foi do paranaense aposentado Wilson Duarte, 62 anos.

O aposentado Wilson Duarte, que fez ‘maratona solidária’
Créditos: Paula
O aposentado Wilson Duarte, que fez ‘maratona solidária’

O atleta veterano, que começou a correr aos 43 anos, vendeu os 84 quilômetros  do Desafio Praias e Trilhas, uma ultramaratona que acontece em Florianópolis  e corta a ilha de sul a norte com trechos em areia, trilhas, dunas e estradas. A disputa dura dois dias e é considerada a prova mais difícil do país na categoria.

Não foi a primeira vez que ele participou da ultramaratona. “O melhor do Desafio Praias e Trilhas é o pós-prova. Não tem dinheiro no mundo que pague esse prazer. Testamos realmente nosso limite. Nossas forças físicas, espirituais e mentais são postas a prova e no final só os fortes sobrevivem. Sou feliz e agradecido a Deus por ter essa força”, afirmou ao site Centro de Apoio ao Paciente com Câncer Brasil, antes da disputa.

Entrega do cheque simbólico de R$ 7.140, arrecadados por Wilson Duarte (dir) para o Centro de Apoio à Pessoa com Câncer de Londrina
Créditos: Paula
Entrega do cheque simbólico de R$ 7.140, arrecadados por Wilson Duarte (dir) para o Centro de Apoio à Pessoa com Câncer de Londrina

Wilson criou uma tabela e fez uma campanha pelas redes sociais: o primeiro quilômetro percorrido custou R$ 2; o segundo, R$ 4; o terceiro, R$ 6, e assim sucessivamente.

As pessoas começaram a apoiar e a compartilhar a ação, a comprar os quilômetros e o resultado foram R$ 7.140 arrecadados para o Centro de Apoio à Pessoa com Câncer de Londrina.

“Gente de lugares que eu não conheço, que nem sei quem é [participou], mandando recado e depositando o dinheiro, o que é mais importante”, disse o atleta ao “Jornal Nacional”.

Depois de cruzar a linha de chegada, Wilson comentou que ficou emocionado. “Chorei na chegada da prova, chorei durante a prova – eu sou cara muito emotivo – de saber o que eu estava fazendo. É bom demais, poder ajudar é uma coisa maravilhosa”, disse Wilson ao “Jornal Nacional”.

Em parceria com qsocial