Arquitetura histórica interage com obras da 31ª Bienal de São Paulo
Como distribuir 81 projetos artísticos, totalizando cerca de 250 trabalhos, em um grande espaço sem que a comunicação entre eles se perca? Esse foi o grande desafio da equipe curatorial da 31ª Bienal de São Paulo, que acontece no Pavilhão da Bienal entre 6 de setembro e 7 de dezembro. Com entrada totalmente Catraca Livre, o evento é um grande exemplo de como utilizar o projeto arquitetônico em prol da exposição das obras de arte, fazendo com que ambos complementem-se.
Com mais de 100 artistas expositores, vindos do Brasil e do mundo, a Bienal de São Paulo tem mais da metade dos projetos feitos especialmente para a mostra. Ou seja, mais do que nunca, a estrutura física do Pavilhão da Bienal deixa de ser figurante e passa a ser protagonista do evento, uma vez que surge a necessidade de adaptação da obra ao espaço.
O Pavilhão
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Em 1957, foi fundado o Pavilhão da Bienal, um espaço projetado por Oscar Niemeyer (1907 – 2012) em pleno Parque Ibirapuera. O contato entre as tradicionais curvas em concreto do arquiteto e a natureza do local permite um contraste difícil de se ver. Logo, não haveria local mais promissor e coerente para a realização de um grande evento de arte como a Bienal de São Paulo, que chega à 31ª edição.
Disposição dos projetos
Todos os espaços dos três andares do Pavilhão foram devidamente pensados para abrigar os 81 projetos artísticos deste ano, em uma linha de raciocínio que conduza a visitação do público. O espaço divide-se em três: área Parque, área Rampa e área Colunas. Conheça-os melhor e saiba o que ver em cada um:
Localizada no andar térreo, é destinada à convergência dos diferentes usuários, a fim de que deparem-se com intervenções, performances, saraus e demais atividades do projeto “Programa no Tempo”.
Rampa (áreas B1, B2 e B3)
Principal rota de acesso do pavilhão, a Rampa é aproveitada para exposição de uma série de trabalhos e projetos que se relacionam uns com os outros, tanto horizontal quanto verticalmente.
A exposição nessa área foi concebida com base na ideia de simultaneidade em mente – por meio de som e imagem, os três pisos são vivenciados ao mesmo tempo. Subir a rampa é um processo de desenvolver a atenção a trabalhos artísticos que estão vagamente presentes na consciência desde o início.
Colunas (área C)
Por fim, as Colunas articulam o maior espaço continuo do Pavilhão no segundo piso, dividindo-o em áreas de luz e sombra, por meio das quais se enfatiza a integridade dos distintos projetos.
Sua proposta confronta o visitante com uma experiência diferente de envolvimento. Ao passar da face exposta da fachada do edifício para o interior escuro do ambiente fechado, o visitante se depara com 29 células e nichos individuais.
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Toda essa divisão propõe uma jornada ao visitante que toca particularmente em aspectos de religião, conflito social, sexualidade, ecologia e identidade.
Confira algumas fotos do Pavilhão da Bienal, que já está pronto para te receber: