Conheça 6 símbolos do samba paulistano
O samba paulistano, por vezes zombado pelo irmão carioca por não surgir dos morros, das praias, dos malandros e tantos outros elementos típicos do Rio de Janeiro, teve uma sólida representação artística.
Adoniran Barbosa, Demônios da Garoa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Germano Mathias e Dona Inah são apenas alguns dos sambistas de sucesso da terra da garoa.
Abusando do linguajar popular e sotaque típico do bairro do Bixiga em suas composições, Adoniran cantava com humor e irônia o cotidiano e as mazelas da vida paulista. Compôs muitas canções de sucesso, como “Tiro ao Álvaro”, “Saudosa Maloca” e “Iracema”.
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Fundado em 1943, o grupo Demônios da Garoa popularizou composições clássicas de Adoniran Barbosa, como “Trem das onze” – que se tornou símbolo do samba paulistano. Em 1994, entrou no Guinness Book (Livro dos Recordes) como o conjunto vocal mais antigo do Brasil em atividade.
Compositor do famoso samba “Volta por cima”, Paulo Vanzolini é um dos principais representantes do samba paulista embora nunca tenha considerado a música como uma profissão. Doutor em zoologia, 15 espécies de animais descobertas entre 1963 e 2009 foram batizadas em sua homenagem.
Geraldo Filme compôs sambas-enredo para o Cordão Carnavalesco Paulistano da Glória, para a escola de samba Colorado do Brás e para o Vai-Vai. Destacou-se com o samba “A morte de Chico Preto”, que redeu a Clementina de Jesus o prêmio de Melhor Intérprete no Festival Abertura, da TV Globo, em 1975.
Germano Mathias interpreta seus sambas sincopados batucando em uma latinha de graxa para marcar o ritmo da música – ferramenta que se tornou seu símbolo. Conheça “Guarde a sandália dela”, sambinha que compôs com Sereno.
Dona Inah começou a cantar na década de 1950 e trabalhou em diversas rádios e orquestras, ao lado de nomes como Isaurinha Garcia, Orlando Silva, Nelson Gonçalves e Aracy de Almeida. Escute “Como é que eu posso”, de Cartola, na voz da veterana do samba.