Empresa brasileira transforma celulose em etanol
À primeira vista, o etanol celulósico pode parecer simples. Mas basta conhecer um pouco mais sobre o chamado etanol de segunda geração para perceber o quanto ele é inovador.
A origem é a mesma do etanol de primeira geração, a cana-de-açúcar, mas o processo de produção, bastante diferente. O produto celulósico, como o nome diz, vem da celulose da palha e do bagaço da cana, e não diretamente do caldo da cana, caso do seu antecessor.
A Bioflex 1, usina da GranBio em São Miguel dos Campos (AL), é a pioneira na produção do etanol celulósico em escala comercial no Hemisfério Sul.
A nova tecnologia converte resíduos da cana-de-açúcar em açúcar industrial e o açúcar industrial em biocombustível bioquímico.
Estimativas do setor apontam que o novo etanol pode ampliar em 20% a produção do combustível sem que seja necessário ampliar a área plantada, ou seja: não existe competição com alimentos, como no caso do etanol de primeira geração, feito a partir da cana e do milho.
Outra vantagem é o fato de sua matéria-prima ser mais ambientalmente correta que o etanol comum, já que reaproveita resíduos que seriam descartados.