Moeda Estrangeira: Um guia para marinheiros de primeira viagem
CARTÃO DE CRÉDITO
MELHOR PARA:
Compras de produtos de alto valor financeiro, como passagens aéreas, hospedagem em hotéis, aluguel de carros, restaurantes, etc.
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PRÓS:
Ao usar seu cartão de crédito para fazer compras no exterior, a vantagem é que você não será taxado de diferentes formas a cada compra, mas somente de uma forma e em uma única vez, que é na data do fechamento da fatura do seu cartão. Com isso, você pode fazer compras em diferentes países, com diferentes cotações, e pagará a mesma taxa de conversão das moedas para a moeda do seu país.
CONTRAS:
Muitos estabelecimentos não aceitam cartões de crédito, então você precisará ter outra opção para pagamento, principalmente o dinheiro em espécie.
Ainda, apesar de o cartão de crédito no exterior ser uma ótima ferramenta para saques de emergência (caso seu dinheiro tenha acabado), você fica sujeito a taxas de saque no exterior impostas pelo seu banco, que geralmente são muito altas.
Se você não estiver em casa quando a fatura do seu cartão chegar e não tiver como pagá-la (eg. sem acesso ao internet banking), as taxas cobradas pelo atrasado do pagamento irão aumentar ainda mais sua dívida.
Alguns países ainda não utilizam a tecnologia do chip nos cartões bancários, logo, se o seu não é de chip e você vai para a Europa, América do Sul e Ásia, existe uma grande chance de você não conseguir usá-lo.
DICAS:
Se quiser levar seu cartão de crédito para a viagem internacional, você deve se certificar antecipadamente de todas as taxas cabíveis ao seu uso para não ter surpresas quando sua fatura chegar. Ainda, vale a pena certificar de que seu cartão está habilitado para uso internacional e que seu limite de crédito é compatível com o que você julgar necessário para sua viagem, pois pode acontecer de você ter o cartão, não ter crédito e ele ficar inutilizado.
Quando você for usar o seu cartão de crédito no exterior, alguns comerciantes o perguntarão se você quer efetuar o pagamento na moeda do seu país ou na moeda local. Se você fizer a compra na moeda do seu país, você já saberá imediatamente quanto está pagando pelo produto adquirido, mas por outro lado você estará sujeito às taxas de conversão dos comerciantes, que na maioria da vezes são diferentes das bancárias e desfavorecem o cliente, às vezes em mais de 5%.
Alguns hotéis e locadoras de carro geralmente cobram um cheque-calção (deposit ou hold em inglês) no seu cartão de crédito pelo produto adquirido. Se isso acontecer com você, certifique-se antecipadamente da prática, pois isso pode estourar o limite do seu cartão e você não conseguir utilizá-lo mais. Ainda, certifique-se de que o valor foi estornado após a devolução do carro ou saída do hotel. Algumas vezes, a devolução não é estornada, mas feita em dinheiro, em mãos, o que tem que ser considerado para o cliente, pois mais uma vez você terá o limite do seu cartão comprometido.
Lembre-se de que você não terá muita proteção e auxílio do seu banco no exterior como você teria no seu país. Logo, lembre-se sempre de ter os telefones de acesso ao seu banco em mãos para caso de necessidade, mesmo que isso te custe uma ligação internacional. Verifique ainda a chance do seu banco ter filiais nos locais para onde você irá viajar, pois eles podem ser bastante úteis na resolução de problemas. No mínimo, eles podem ser úteis para fazer chamadas internacionais para o seu país.
CARTÃO DE DÉBITO & ATM (TERMINAL DE AUTO-ANTEDIMENTO)
MELHOR PARA:
O cartão seria bom para compras de forma geral, a fim de evitar andar com grandes quantias de dinheiro em mãos, enquanto ter o ATM é bom para saques emergenciais.
PRÓS:
O uso do cartão de débito tornará sua vida muito mais prática, uma vez que não precisará andar com quantias grandes de dinheiro em espécie.
Usar o ATM é uma das formas mais eficazes e baratas para se ter dinheiro na moeda do país estrangeiro. Geralmente, há terminais eletrônicos nos aeroportos ou muito próximo deles.
Ter moeda estrangeira antes da viagem é sempre bom para usos emergenciais, mas trocar dinheiro no local destino às vezes o salva de pagar taxas e comissões, o que torna a conversão menos onerosa para o viajante. Na maioria dos países, os ATMs possui o menu de operações nos principais idiomas (inglês, espanhol, alemão, francês, etc.), além de mostrá-lo a taxa de conversão usada antes de você concluir a transação, o que o permite ter noção do que de fato está gastando.
CONTRAS:
Saques com seu cartão de débito em outro país o deixam sujeito a pagar tarifas cobradas pelo seu banco, bem como pelo banco que gerencia o terminal de auto atendimento do país em que está, além das taxas de conversão da moeda. Ou seja, sacar dinheiro com seu cartão de débito em outro país pode ser oneroso se você não tiver certeza de todas as tarifas que terá que pagar.
Para usar seu cartão de débito em outro país para compras exige que você se certifique de que ele está apto para uso internacional. Na maioria das vezes, as pessoas só habilitam essa função para o cartão de crédito. Todavia, se o cartão estiver habilitado, certifique-se das taxas que terá que pagar para utilizá-lo e de que ele será aceito nos países em que você for visitar, pois muitos estabelecimentos não aceitam pagamento com cartões de forma geral.
Em caso de necessidade de envio de dinheiro emergencial para o exterior, alguém pode depositar dinheiro na sua conta (usando a moeda do seu país) e você sacar no país destino na moeda local, obviamente pagando as devidas taxas. Isso também vale para o VTM, basta certificar com a empresa fornecedora do serviço se é preciso alguma documentação prévia autorizando um terceiro a fazer o depósito.
DICAS:
Muitos estabelecimentos mundo afora não aceitam pagamento de produtos com o uso de quaisquer cartões, sendo necessário usar dinheiro em espécie. Ademais, alguns locais cobram taxas para pagamento com o cartão, uma vez que eles tem um custo com a operadora do cartão, logo, repassando-o ao cliente.
Uma boa saída e uma das mais usadas por viajantes é o cartão de débito pré-pago da VISA, chamado Visa Travel Money (VTM). Muitos bancos e casas de câmbio comercializam este cartão, que serve unicamente para colocar moeda estrangeira (dolar americano, euro, libra esterlina, etc.). Ele pode ser usado na maioria dos locais que aceitam cartões da bandeira VISA e funciona como um cartão de débito, com a vantagem de não ser necessário pagar nenhuma taxa pelo seu uso no ato da compra.
O único valor cobrado é para saques internacionais, que variam conforme a política de cada empresa, sendo importante então ter um limite de saque diário mais elevado para a obtenção de maior custo benefício nos saques. O custo do cartão varia com a política de cada empresa que o comercializa, pois algumas embutem o valor do cartão no preço de comercialização da moeda, enquanto outras comercializam a moeda mais barata (para atrair clientes), mas cobram taxa de serviço para emissão do cartão. Diante do exposto, vale a pena ter muita cautela na hora da aquisição e uso do cartão para não se ter prejuízos financeiros.
Toda cidade tem os caixas automáticos onde você pode fazer transações financeiras. Na Europa, é muito comum encontrá-los nas ruas, sem quaisquer proteções contra criminosos. No entanto, isso não o isenta de ter cuidado ao utilizá-lo, principalmente por causa de pessoas que eventualmente ficam atrás de você tentando ver sua senhas e demais dados, para posteriormente cometer algum crime.
DINHEIRO EM ESPÉCIE
MELHOR PARA:
Ter dinheiro em espécie é sempre bom para pagar por quaisquer despesas em locais que não aceitam cartões, desde estabelecimentos comeriais, como ônibus, trens, metrô, etc.
PRÓS:
Levar dinheiro em espécie para sua viagem é bom principalmente para as primeiras 24h no destino, pois até conhecer as rotinas e como as coisas funcionam no local, você precisará de uma quantidade suficiente para pagar taxis, ônibus, refeições e pequenas despesas iniciais.
CONTRAS:
Você muito pouco provavelmente vai conseguir uma taxa de conversão no seu país mais barata que no país destino.
Em caso de roubo ou perda, o dinheiro em espécie não poderá ser retornado, enquanto o cartão você poderá cancelar até tomar as medidas cabíveis, protegendo seu patrimônio.
DICAS:
Eu, particularmente, não levo dinheiro para minhas viagens, deixando para trocar no local destino, geralmente em ATMs.
Cuidado com países que não usam uma moeda muito conhecida por você e que tem fama de serem baratos, como países do leste europeu, México, entre outros. A desvalorização da moeda destes locais em relação a sua não significa que o custo de vida no país é barato, pois o preço dos bens e serviços podem ser equivalentemente caros e no fim seu dinheiro simplesmente desaparecer sem você saber como gastou.
Em caso de necessidade de dinheiro emergencial, se você tiver alguma conta bancária no local destino, você poderá realizar transferências entre bancos (do seu país e do destino) ou usar empresas privadas para envio de dinheiro ao exterior. Mas, lembre-se que taxas serão cobradas e quanto mais rápido quiser a entrega do dinheiro, mais caro será para realizar a operação.
Fique atento para a quantidade de dinheiro em espécie que pretende transportar na sua viagem, pois cada país possui uma lei diferente e após um determinado valor em espécie você precisa declarar ao serviço de imigração a fim de ter imposto taxado sobre esse dinheiro.
Saque a quantidade de dinheiro que realmente for necessária, pois, corre-se o risco de terminar sua viagem e você ainda ter moeda estrangeira em mãos que será inútil em seu país, além de que nova conversão para sua moeda o custará algum trocado.
ENVIO DE DINHEIRO PARA O EXTERIOR
MELHOR PARA:
Em caso de emergências e necessidade de envio dinheiro rápido para o exterior.
PRÓS:
Acesso rápido a dinheiro na moeda do país em que está.
CONTRAS:
A transação para envio de dinheiro pode sair cara.
DICAS:
Há empresas que fazem este tipo de serviço que não cobram taxas pelo primeiro envio (eg. Western Union, Real Transfer) e há bancos que não cobram taxas de serviço de estudantes, logo, em situação emergencial, pode-se usar desse benefício e resolver seu problema a um custo menor.
COMO MANTER SEU DINHEIRO SEGURO
Durante sua viagem, você não desejará ser roubado, perder seu dinheiro ou mesmo ficar suscetível ao perigo no albergue ou hotel em que se hospedará. Para isso, evite deixar seus pertences de valor todos em um local só, pois sob o risco de perda e roubo, o prejuízo será maior.
Há algumas bolsas porta-dinheiro que se parecem com pochetes e que ficam escondidas por dentro da roupa, em torno da cintura, pescoço ou panturrilha. Nelas, você pode guardar cartões, dinheiro e passaporte, não deixando a vista seus objetos de mais importância na viagem.
Evite deixar dinheiro e demais objetos de valor nos bolsos de trás da calça ou mochilas, pois você perderá a visibilidade do local e ficará sujeito a furtos rápidos em que não notará nem o mínimo movimento do meliante.
A minha regra número um em viagens com relação à segurança dos meus pertences é: posso perder o que for, mas não os cartões e o passaporte. Dinheiro ou qualquer outra coisa roubada dá menos dor de cabeça do que perder cartão e passaporte. Então caro viajante, durma com os seus debaixo do travesseiro se for preciso, pois hotéis e albergues nem sempre são totalmente seguros. Ainda, se achar melhor e se tiver disponível, use o cofre da sua acomodação para guardar o que achar pertinente.
CASAS DE CÂMBIO
Casas de câmbio em geral comercializam moeda estrangeira utilizando a cotação ofical do Banco Central, acrescido de imposto (IOF, no caso do Brasil) e taxa de serviço (lucro da empresa). A menos que você não tenha outra opção ou que vá transportar valores acima do que precisa ser declarado ao serviço de imigração dos locais que for visitar, não vale a pena comprar moeda estrangeira em casa de câmbio, pois o valor final da transação é ligeiramente maior que a do saque nos terminais de auto-atendimento.
Quer saber mais? Acesse o website ou o Facebook do Brazilian Globetrotter.