No Butão, ‘pênis sagrado’ é tradição

O Butão, pequeno reino no Himalaia, na Ásia, definitivamente não é um destino comum. É considerado um dos países menos acessíveis aos turistas. Mas se algum conhecido for para lá não estranhe se trouxer de lembrança um pênis –de escultura, de chaveiro ou mesmo pintado em um pano.

Foto: Ujjval Panchal/Flickr
Foto: Ujjval Panchal/Flickr

Lá, essa parte do corpo masculino é considerada sagrada. As casas possuem pênis desenhados em suas paredes ou esculturas acima da porta, para atrair boa sorte e afastar maus espíritos.

Tudo começou por causa do lama budista Drukpa Kunlev. Uma das versões de sua biografia fala que ele nasceu no Tibete e se mudou para o Butão posteriormente. No país, ele quis ensinar o budismo de uma forma que provocasse um choque nos líderes religiosas da região.

Foto: Andrew Walker/Flickr
Foto: Andrew Walker/Flickr

Drukpa Kunlev parou de usar roupas e saiu pelas ruas pelado divulgando os poderes do seu “raio flamejante da sabedoria”, como proteção contra demônios e iluminação das mulheres por meio do sexo. O lama ficou conhecido como o Louco Divino.

Curiosamente, o país possui um Índice de Felicidade Bruta, em que a riqueza é medida pela felicidade e não pela produção, como no PIB (Produto Interno Bruto). Nesse parâmetro, eles são considerados um dos povos mais felizes do mundo, figurando entre os dez mais felizes, segundo pesquisa da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Foto: Rob/Flickr
Foto: Rob/Flickr

Por questão de segurança, já que as montanhas da região são altas, só há voos durante o dia para a cidade de Paro, saindo de Bankcoc (Tailândia), Kathmandu (Nepal), Dhaka (Bangladesh), Gaya, Nova Déli e Calcutá (Índia), pela companhia Drukair, a única que opera voos para o país. A passagem de ida e volta custa cerca de US$ 1 mil saindo da Tailândia.

Por terra, há uma rodovia que liga Butão ao mundo, na fronteira com a Índia, entre Jaigon e Phuntsholing, no lado butanês. Como não há turismo independente no país, com exceção dos turistas indianos, você deve esperar alguém de uma agência ir te buscar para te acompanhar.

Foto: Peter Ward/Flickr
Foto: Peter Ward/Flickr

O que torna o turismo caro na região é que é obrigatório gastar pelo menos US$ 200 por dia no país.

Por Wanderluster