O dia em que descobrimos Portugal

Pois é, foi bem isso, descobrimos Portugal e amamos tudo o que vimos por lá. Que lugar sensacional. Passamos quatro dias por lá. Dividimos esses dias entre Lisboa (quinta a noite, sexta e segunda), Algarve (sábado) e Sintra (domingo).

Na quinta, descemos do avião já no pique total..queríamos rua, queríamos verão…e foi isso que tivemos. Alugamos um apezinho que ficava no Bairro Alto, então já estávamos no fervo. Demos uma volta por lá e já sentimos a energia do lugar…as ruas estavam decoradas para as festas dos santos de junho –tipo nossa festa junina, e tinha bastante jovens pelas ruelas ali do bairro.

Na sexta, o combinado era bater perna e tentar conhecer o máximo possível de Lisboa. Primeiro pé na rua…paixão a primeira vista…quantas cores pela cidade, azulejos lindos, ruas pequeninas…um clima delicioso!! Europa na sua melhor forma!!

Primeira parada, Belém…ou melhor Pastéis de Belém – o melhor que já comi na vida (pensando nele agora, a Laura até mexe na minha barriga).

Visitar Portugal é mergulhar na história do nosso país e ali em Belém é que em 1500, D.Pedro zarpou para encontrar um novo caminho para as Índias e acabou nos encontrando. Belém é história pura e ali do lado da delícia do pastél, fica o Mosteiro dos Jerônimos erguido em 1501, onde estão os túmulos de heróis nacionais como Vasco da Gama, Camões e Fernando Pessoa.

Para entrar na igreja onde estão os túmulos de Camões e Vasco da Gama, não precisa pagar. O do Fernanda Pessoa fica no interior do Mosteiro, ali já rola um ticket e vale pagar, dentro é bem bonito.

Parte com ticket..

   

Túmulo de Fernando Pessoa…

Ai ai os azulejos portugueses…uma paixão!!

De lá partimos para a beirinha do Tejo onde está o monumento Padrão do Descobrimento. Esse monumento representa as navegações e as conquistas de Portugal, são 33 navegadores esculpidos em 54 metros de obra. Ali na frente, uma grande rosa dos ventos com um mapa mundi no centro marca os territórios alcançados pelos portugueses.

 
 

Aqui abaixo, a vista para dois pontos que receberam influências de outros lugares do mundo para a sua construção. Uma é a ponte 25 de Abril (o nome é uma homenagem à Revolução dos Escravos),que liga Lisboa à cidade de Almada, e foi inspirada na Golden Gate de São Francisco. A outra é o Cristo de Almada, com uma quê do nosso Cristo carioca.

Seguimos ali por um calçadão delicioso…pessoas pescando, outras andando de bike, e fomos até a famosa Torre de Belém.

No passado, a Torre era toda cercada por água, hoje tem uma pequena prainha que a liga à cidade. É um monumento bem nacionalista, com detalhes na arquitetura que exaltam os tempos em que Portugal era uma grande potência. A construção é de 1515 e 1519, e o seu objetivo era a defender o Tejo de invasores.

Compramos o ticket da Torre lá no Mosteiro…rolava um combo promocional, valeu a pena, zero de fila para entrar.

Depois daqui, o bicho começou a pegar…com o barrigão, a minha capacidade de turistar foi prejudicada, além disso o calor estava de matar. Ai vi no Instagram do Casei Mudei uma dica de uma amiga para pegar um Tuc-Tuc e foi a melhor coisa que fizemos, já que tínhamos muitas coisas ainda para olhar.

Falamos para o motorista os lugares por onde gostaríamos de passar, alguns nós parávamos e outros decidimos só dar um tchau do carrinho mesmo. Enquanto percorríamos a cidade, o motorista ia nos contando curiosidades sobre os locais. Recomendo muito esse tour.

Na  Praça do Comércio demos uma passada rápida, mas voltamos outro dia para fazer fotos e visitar umas lojinhas na Rua Augusta. Antigamente aqui era a principal entrada marítima da cidade e onde ficava um Palácio, que foi praticamento todo destruído no terremoto de 1755. A praça é cercada por prédios que hoje são sede do governo e alguns restaurantes. Ao norte fica o arco que leva para a Rua Augusta e no centro uma estátua do rei D. José I.

Só de Tuc-Tuc mesmo para percorrer a ruelas por onde andamos….

Passamos rápido pelo Panteão Nacional. Lugar que homenageia portugueses famosos em várias áreas de atuação.

Última parada, mirante da capela Nossa Senhora do Monte. Se fosse por nós, olharíamos a vista e iríamos embora, mas foi ai que eu comprovei a vantagem do Tuc-Tuc guiado…nosso motorista me disse que eu tinha que entrar naquela igreja e pedir para sentar na poltrona de pedra das grávidas. Ele nos contou que aquela era a igreja que as grávidas iam para pedir uma boa hora e saúde para os seus bebês…diz a lenda que a poltrona que pertenceu a São Gens de Lisboa é famosa por realizar milagres com grávidas…a mulher de D. João VI foi uma das grávidas que sentaram ali para buscar boa sorte no parto.

Lá fui eu…entrei e pedi para a senhoria que estava ali tomando conta da igreja para ver a poltrona…e não é que atrás de uma porta, bem escondidinha, estava ela. Pedi para sentar e com toda minha fé li a oração que a senhorinha me deu. Depois toda simpática, anotou o nome da nossa bebê e a data de nascimento, disse que o padre rezaria por ela. Ai …foi muito emocionante.

  

Voltamos para casa para encontrar o Roy…maridon trabalhou o dia todo..agora era a hora de aproveitarmos Lisboa com ele!!! Tomamos um banho e saimos para o Castelo de São Jorge…deixamos o castelo por último para pegarmos o pôr-do-sol ali…foi sensacional!!

…e no meio do caminho tinha um carrinho de vinhos. O momento estava especial e pedia um vinho…fiquei na vontade, mas brindei com água mesmo aquele pôr-do-sol incrível!!

O Catelo de São Jorge faz parte da área nobre da antiga cidade medieval. Foi constrído por mulçumanos como refúgio para os nobres durante ataques. Após a conquista de Lisboa e a nomeação do primeiro rei de Portugal, o local passou a viver o seu período áureo com a mudança da família real para os seus domínios. No período das navegações, a família real se mudou para um local considerado mais nobre e o castelo ficou a serviço dos militares, servindo com prisão e fortaleza.

Com o terremoto de 1755 o castelo teve que ser abondonado e isso durou 180 anos, até que em 1910 começou a ser restaurado e foi declarado Monumento Histórico Nacional.

  

E foi aqui, que saiu o nosso pulo…

Acabamos chegando tarde no castelo e tivemos que fazer um tour rápido, pois já estava fechando…

Sabíamos que era dia de festa ali por aqueles lados, então fomos a pé para o agito. Em junho, Portugal recebe a festa dos santos populares…tipo as nossas festas juninas. Não conseguimos pegar a principal que é a de Santo Antônio que seria na semana seguinte, mas nos divertimos muito nesse esquenta aqui em Alfama.

As sardinhas são as estrelas da festa…

Alguns doces típicos…como esse arroz doce, claaaro que não resistimos.

Quanto mais tarde ia ficando, mais gente chegava…até que o negócio pegou fogo. Dançamos muito os hits portugueses.

Dia seguinte…alugamos um carro e fomos para Algarve.

Para ser bem sincera, Algarve decepcionou todos nós…esperávamos um paraíso, mas não atingiu as nossas expectativas (nossa opinião, conheço gente que acha essa região incrível). Talvez, tivéssemos que ficar mais dias e percorrer outras praias, mas aviso que fomos nas que nos indicaram como as mais lindas…ou seja, esperávamos mais.

Olhando agora nas fotos, parece até mais bonito…falésias e mar é sempre uma combinação feliz.

 
 
 
 
 

No domingão, acordamos e o tempo estava péssimo, então arrumamos as coisas e pegamos a estrada com o intuito de ir parando em cidades vizinhas.

Fomos até o Forte de Sagres…nada demais, mas uma bela vista.

 
 
 
 

Ai tivemos a brilhante ideia de ir até Sintra. PARATUDO…que lugar lindo!! Parecia uma cidade de contos de fada. Casas charmosas e coloridinhas, azulejos portugueses até nas placas com nomes das ruas, comerciozinho fofo, palácio ostentação…enfim, a vontade era ter ficado o final de semana inteiro por ali. Amamos Sintra!!!!

 

Nós e a lojinha do melhor Travesseiro da cidade…doce típico de Sintra. Claro que mandamos um pastél de nata também!!

  

O Parque e Palácio de Pena é o complexo turístico mais importante da pequenina Sintra. Como chegamos tarde na cidade só conseguimos passear no palácio…tem muito mais para ser visto por ali e leva pelo menos um dia para percorrer tudo.

O Palácio de Pena é a expressão máxima do romantismo do século XIX e é o primeiro palácio nesse estilo da Europa. Sua origem vem de uma capela e logo depois um convento, até cair nas mão do rei-consorte Fernando II de Portugal, que reformou e deu essa cara excêntrica ao palácio com direito até a minaretes e um quê de templo indiano.

  
 
 

Viagem incrível…e para fechar com chave de ouro, um pouco das delícias que comemos por lá.

Ai ai como se come bem em Portugal!!!

Até o próximo destino!!!

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