Veja a programação de performances que rolam na Bienal de São Paulo

05/09/2014 16:10 / Atualizado em 04/05/2020 14:52

Durante a 31ª Bienal de São Paulo, que acontece entre 6 de setembro e 7 de dezembro no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, está programada para acontecer uma série de ativação de obras e performances, que busca dar vida e agitação ao evento.

Veja fotos de como está a Bienal e, abaixo, a programação de performances:

“… – OHPERA – MUDA – …”, por AlejandraRiera e UEINZZ
3 e 17 de setembro • 1, 15 e 29 de outubro • 5 e 19 de novembro • 3 de dezembro, 15h
O encontro acontece ao lado do atual Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO), antigo armazém convertido em refúgio provisório das atividades da Cinemateca Brasileira – entre as quais um cineclube – depois do incêndio de 1957. No portão 5 do parque do Ibirapuera, o grupo monta um cinema provisório para a exibição do filme “… – OHPERA – MUDA – …”. A premiére acontece na pré-abertura da Bienal, em 3 de setembro.

Eu não sou cantora, por Marta Neves
6 de setembro, 15h
A performance desafianda a grandiosidade e seu espaço ruidoso do Pavilhão da Bienal e Parque do Ibirapuera. Marta Neves cantará músicas selecionadas pelos visitantes interessados em ouvir sua voz amadora. A ação cria uma situação de “microamizade possível” entre a artista e o outro. Eu não sou cantora, ainda que uma apresentação, não é um espetáculo. É, antes, algo muito pequeno, situado na “invisibilidade dos afetos”.

Espaço para abortar, por MujeresCreando
6 de setembro, 16h
O coletivo MujeresCreando realiza uma procissão-performance, pública e participativa, contra a ditadura do patriarcado sobre o corpo da mulher. A ideia é promover um ambiente de discussão e diálogo com a ajuda de um enorme útero ambulante que sairá da área Parque do Pavilhão da Bienal. Em pauta estão as implicações do aborto, da colonização do corpo feminino e o que pode significar a decisão soberana, o livre-arbítrio e a liberdade de consciência em uma democracia contemporânea.

Arqueologia Marinha, por El Hadji Sy
2 de setembro, 17h e 19h
6 de setembro, 14h e 18h
Ativação da obra de El Hadji Sy, que expressa a viagem forçada de escravos atravessando o Atlântico ao longo dos séculos. Arqueologia Marinha está composta por um corredor delimitado de um lado por um caminho oceânico suspenso do teto e composto desses corpos, alinhados em paralelo com um enorme baobá que, como um polvo gigante com enormes tentáculos-galhos, junta esses corpos ao redor de si e retém a memória de suas histórias.

Cem mil solidões, de Tony Chakar
6 de setembro, 19h
Em uma palestra-performance, Tony Chakar examina imagens observadas através das mídias sociais das revoluções árabes e de diferentes movimentos de ocupação no mundo inteiro.

Nesse parque tem um mar, por Marta Neves
7 de setembro, 15h
A performance de Marta Neves convoca pessoas para portar tábuas de passar como pranchas de surf e vestir trajes de surfistas para invadir o espaço do parque do Ibirapuera. A “estética simplória” das tábuas de passar coloridas faz coro ao projeto de Marta Neves Não-ideias para a 31ª Bienal, e convida, de forma bem-humorada, a pensar a vida como ocupação dos espaços que nos desafiam todos os dias (entendendo “espaço” como todo território da experiência: trabalho, lazer, amor, família, dúvidas, desejos).

Olhar para não ver, por Bik Van der Pol
15, 22 e 29 de outubro • 5, 12 e 19 de novembro, 15h – 17h30
A dupla Bik Van der Pol organiza conversas abertas ao público como parte de seu projeto para a 31ª Bienal. Como um programa educacional de oficinas, palestras e caminhadas, Olhar para não ver investiga eventos recentes no Brasil e no mundo a partir de tensões em torno da exploração do espaço urbano e natural. A 31ª Bienal será local para sua criação e pesquisa, implementando o modelo educacional da “escola” como uma forma de teatro mental que pode criar novos horizontes de ação, produção e reflexão.

A última palavra é a penúltima – 2, por Teatro da Vertigem
De 3 de outubro a 7 de dezembro – sex, sáb e dom: 19h e 21h. 
Na rua Xavier de Toledo (localizada no centro de São Paulo, liga o Viaduto do Chá com a praça Ramos de Azevedo) o Teatro da Vertigem faz sua revisão da peça A última palavra é a penúltima. A encenação mostra como as coisas pouco mudaram desde sua primeira apresentação em 2008 e, ao mesmo tempo, como novos fatores e forças podem sugerir um futuro diferente. Em interação com o público, a peça pretende lançar no visível o que a cidade tenta esconder e o que ela não mais deseja ver: condições de vida, o esgotamento que resulta do trabalho duro em que se envolve parte dos habitantes da cidade, ou mesmo os próprios indivíduos que ocupam seus espaços.