Bioplástico livre de petróleo é feito com amido de milho
Material é biodegradável e resistente e pode ser usado em itens de design e moda
O que seria um plástico totalmente livre de derivados de petróleo?
Seria biodegradável, compostável e que não provocasse danos aos seres vivos mesmo se ingerido, segundo o escritório Crafting Plastics! Studio, que criou um novo bioplástico chamado Nuatan.
O material foi apresentado em setembro, no London Design Festival, pela Crafting Plastics, que tem escritórios em Berlim, na Alemanha, e em Bratislava, na Eslováquia.
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Segundo seus criadores, o Nuatan dura mais que outros bioplásticos existentes.
Ele aguenta temperaturas de 100 graus e pode durar 15 anos, mas, em contraste, se degrada em 90 dias em composteiras industriais.
Trata-se, portanto, de algo que pode durar por um bom tempo e, no final do seu ciclo de vida, pode ser descartado para compostagem.
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O material é uma mistura de dois biopolímeros.
Um é o poliácido láctico (PLA, ou ácido poliláctico), um plástico natural feito de amido de milho.
O outro é o polihidroxibutirato (PHB), que é feito com amido de milho metabolizado por microrganismos.
Ou seja, é totalmente feito com matéria-prima renovável.
Consequentemente, o Nuatan pode ser utilizado em diferentes métodos de produção, como moldagem por injeção e impressão 3D.
Foram seis anos de pesquisa para desenvolver esse bioplástico, em conjunto com cientistas de materiais da Universidade Eslovaca de Tecnologia, na Bratislava.
Embora não possa ser usado para fazer partes de carro, esse novo material serve muito bem para produtos de design e moda, que não costumam ser usados por muito tempo, afirma o estúdio.
Por isso, entre os primeiros trabalhos realizados com o novo material, estão armações para óculos. Para as cores, foram usados pigmentos naturais.
Assim, aos poucos, o estúdio está ampliando os produtos feitos com o bioplástico, com a criação de móveis e objetos de decoração.
Agora, o Crafting Plastics! está desenvolvendo um plástico livre de petróleo que possa ser também destinado à compostagem doméstica.
Acima de tudo, o estúdio quer como resultado tornar real a existência de um lugar onde plásticos ecológicos sejam usados diariamente. E, no final do dia, tudo que não é mais necessário acabe na composteira da casa, junto com os restos das refeições, sem causar danos ao ambiente.
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