Casa anfíbia sai do chão para se proteger contra enchentes

Em parceria com qsocial
25/02/2018 21:09

Aqui no Brasil também conhecemos essa dura realidade: a tempestade cai e as águas sobem inundando ruas e causando estragos nas vizinhanças. Quem dera as construções pudessem ser como as calças, cujas pernas dobramos para cima a fim de que não se molhem em uma enxurrada. Pois é mais ou menos assim que funciona a casa anfíbia: ela sai do chão para se proteger contra as enchentes.

Mas não se perde na correnteza, graças a estruturas como a desenvolvida por Elizabeth English, professora associada da Universidade de Waterloo, no Canadá.

Ela é criadora do projeto Buoyant Foundation, organização que surgiu em 2007 com o intuito de estabelecer estratégias contra o rastro de destruição deixado por inundações em Nova Orleans, cidade do Estado de Luisiana, nos Estados Unidos.

Você vai ter apenas de se preocupar em como sair de casa
Você vai ter apenas de se preocupar em como sair de casa

O modelo anfíbio que a fundação arquitetou é dotado de uma armação que se apoia em postes verticais. Em condições normais, a casa fica no chão. Quando as águas avançam, no entanto, uma plataforma móvel instalada em sua base a desloca para cima, sustentada pelos pilares, evitando que a construção seja inundada. Esses aparatos não causam grandes mudanças na aparência da moradia.

A plataforma pode ser constituída de concreto e espuma, mas o projeto Buoyant Foundation já utilizou materiais alternativos em sua confecção. Em uma casa que ergueu em Dhaka, Bangladesh, o suporte é um quadro de bambu preenchido com 8.000 garrafas PET recicladas.

A organização também já produziu unidades de baixo custo para comunidades vulneráveis na Nicarágua e na Jamaica. Pesquisa ainda soluções para populações indígenas em áreas costeiras da Luisiana e do Canadá.

Há estimativas de que uma casa anfíbia seja de 20% a 25% mais cara que uma convencional, investimento que seria compensado pela redução nos gastos com seguro contra enchente – e também ao minimizar o risco de perdas materiais e afetivas pela passagem das águas.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.