Casas feitas de garrafas PET são mais baratas e ecológicas
“Tijolo por tijolo num desenho mágico”, diz a letra de “Construção”, de Chico Buarque. Com uma substituição no verso da música, a magia da obra se torna ainda mais sustentável: no lugar do tijolo, uma técnica inovadora permite que se ergam casas feitas de garrafas PET.
Sim, é isso mesmo. E essa prática tornou-se especialidade do alemão Andreas Froese, ecologista que criou o processo e já o aplicou em projetos em Honduras, em Uganda, no México, na Colômbia e na Bolívia, muitos deles em parcerias com ONGs.
Froese montou, em 2001, a Eco-Tec, cuja sede fica em Honduras, com o objetivo de disseminar sua ideia – ela já lhe rendeu vários prêmios ambientais, por sinal.
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Além de reduzir os custos de obra, a técnica promove a reciclagem das garrafas PET, um grande benefício ecológico, e evita que haja emissão de carbono com a etapa de queima dos tijolos.
E as garrafas PET fazem paredes mais resistentes que as tradicionais. Você há de se perguntar como. É simples: para se tornarem blocos de construção, elas têm de ser cheias com areia seca, em geral retirada de algum local próximo de onde se pretende erguer a casa.
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A areia é sedimentada dentro da garrafa com o uso de uma vara de metal ou de madeira e, ao ser compactada no recipiente, proporciona uma robustez maior que a do tijolo comum.
Na montagem das paredes, as garrafas são unidas por uma mistura de terra, argila, serradura e um pouco de cimento.
Os pilares da estrutura também são feitos de garrafas PET. Para compô-los, as garrafas são dispostas em torno de uma haste longa de ferro ou de aço, com os bicos virados para a haste.
Uma das casas mais famosas entre as construídas por Froese fica em Honduras e foi fabricada com 8.000 garrafas plásticas. Sua cobertura é um telhado verde de 102 m², o que significa um ganho significativo de conforto térmico para os moradores na comparação com os telhados comuns.
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.