Cientistas criam plantas que emanam luz usando enzima do vagalume

Em parceria com qsocial
23/04/2018 09:46

E se, em vez de um abajur, você tivesse no criado-mudo ou junto ao sofá um vaso para iluminar o ambiente? Essa realidade pode estar um pouco distante, ainda, mas a ideia já começa a ganhar forma. Engenheiros do MIT (Massachusetts Institute of Technology) criaram plantas que emanam luz.

Eles já conseguiram fazer com que pés de agrião brilhassem por quatro horas. Essa luz ainda é fraca, mas o aprimoramento da tecnologia poderia intensificar o brilho e não seria mais necessário, por exemplo, usar eletricidade para ler um livro.

Para fazer o agrião emanar luz, os cientistas usam uma enzima chamada luciferase – a mesma que faz os vagalumes brilharem. Essa enzima faz com que moléculas chamadas de luciferina emitam luz. Uma outra substância, chamada de coenzima A, ajuda no processo.

Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis.

Cientistas do MIT criaram plantas que emanam luz; jovens folhas de agrião iluminam páginas de um livro
Cientistas do MIT criaram plantas que emanam luz; jovens folhas de agrião iluminam páginas de um livro

Essas substâncias são introduzidas em nanopartículas que são, por sua vez, inseridas em uma solução líquida. As plantas também são colocadas nessa solução e submetidas a uma determinada pressão.

Com isso, as nanopartículas penetram na planta e liberam cada componente aos poucos. E uma reação química, que ocorre dentro das células, faz com que a planta brilhe.

Logo do MIT brilha na rúcula
Logo do MIT brilha na rúcula

Segundo o MIT, tentativas anteriores de criar plantas luminosas haviam se baseado em engenharia genética, o que era mais trabalhoso e ficava limitado a uma espécie de planta.

Com essa nova técnica, os cientistas da engenharia química do MIT já conseguiram fazer com que rúcula, couve e espinafre também brilhem.

Com mais estudos e pesquisas, os cientistas esperam que as plantas possam iluminar ambientes inteiros.

Eles ainda querem desenvolver uma maneira de “pintar” ou aspergir essas substâncias nas folhas das plantas. Assim, até árvores poderiam substituir postes de luz nas ruas, ajudando a levar luz mesmo a lugares onde a eletricidade não é de fácil acesso.

Leia também: Empresa “colhe” eletricidade de plantas vivas

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.