Contêiner de lixo é transformado em piscina
Do lixo ao luxo em algumas braçadas: essa foi a proeza do arquiteto experimental alemão Stefan Beese, de 48 anos, que vive em Nova Orleans (EUA). Em seu quintal, ele e sua família se divertem naquele que é um de seus projetos mais úteis para os dias de calor: um contêiner de lixo transformado em piscina, sem quebradeira e com uma estética final das mais “estilosas”.
Quem olha para a piscina não imagina como foi feita e logo pergunta para Beese que material foi usado em sua construção. Alguns apostam em fibra de vidro. Nada disso. O arquiteto é um expert em adaptações: em 2008, por exemplo, usou recipientes de carga empilhados para compor uma arquibancada no Voodoo Fest, festival de música e artes de Nova Orleans.
No caso da piscina, batizada de Pool Box, Beese consultou especialistas em gerenciamento de lixo no Estado da Luisiana até encontrar um contêiner de aço com 2 metros de largura, 6,7 m de comprimento, 1,5 m de profundidade e capacidade para 22,9 m³.
- Viagem sem crianças: 5 hotéis para aquela escapadinha romântica
- Resort em Trancoso é eleito o 6º melhor do mundo; confira fotos
- Como é fazer um cruzeiro pelo Caribe a bordo do MSC Seascape
- São Pedro (SP) esbanja natureza, diversão e boa comida
A ferrugem do contentor escolhido tinha de ser mínima, e ele também não podia ter abas grandes que comprometessem a aparência final do projeto. Esse tipo de estrutura foi escolhido por ser resistente, segundo o profissional, além de já possuir pontos de montagem que facilitam a transformação.
Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis.
A primeira etapa do processo foi proteger o recipiente de aço com tinta anticorrosão. Uma de suas laterais, inclinada, foi inserida em alguns centímetros na terra para ser nivelada com a outra.Abaixo da piscina, o solo foi protegido com uma camada de calcário. Para evitar vazamentos, foi providenciado um isolamento com espuma de alta densidade.
O forro azul é semelhante ao utilizado em pequenas piscinas montáveis. Na parte externa, o arquiteto se inspirou no design dos banhos japoneses ao adotar tábuas de madeira, facilmente removidas para eventual transporte.
A escada para entrar no recipiente também foi uma ótima sacada: instalou-se uma prateleira retangular em um entalhe original da caixa de aço.
Esse modelo com o uso de contêiner, diz ele, requer menos reforços externos que outros tipos de piscina acima do solo, o que o torna mais sustentável. Seu aspecto final remete a estilos arquitetônicos dos mais contemporâneos.
Um contêiner como o que serviu à empreitada custa entre US$ 1.500 (R$ 4.800) e US$ 2.500 (R$ 8.100), e o total do projeto sai na faixa de US$ 5.000 (R$ 16 mil) a US$ 7.000 (R$ 22,6 mil), de acordo com Beese.
É o preço de se transformar lixo em luxo – e de quebra se refrescar a valer nos dias ensolarados.
Leia também: Vila universitária é construída com contêineres reciclados
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.