Davos alerta para falta de avanço no desenvolvimento sustentável
O próximo encontro anual do Fórum Econômico Mundial acontece de 23 a 26 de janeiro, na cidade suíça de Davos. É um dos mais importantes eventos do planeta, pois reúne chefes de Estado (presidentes, primeiros-ministros, etc.), presidentes de Bancos Centrais, líderes empresariais, vencedores de prêmios Nobel, representantes de organizações da sociedade civil e artistas que, juntos, debatem soluções para os principais desafios da atualidade. Sob o tema “Creating a Shared Future in a Fractured World” (“Criando um futuro compartilhado em um mundo fragmentado”, em tradução livre), a 48ª edição contará com a participação de cerca de 2.500 pessoas, de mais de cem países.
O presidente brasileiro, Michel Temer, deve desembarcar em Davos no dia 23 e fazer um discurso no dia 24 sobre a situação econômica atual do Brasil. Será a primeira vez, desde 2014, que um chefe de Estado brasileiro participa do evento.
Os debates acontecerão ao longo de 400 sessões. Para o fórum, temas como desenvolvimento sustentável, crescimento inclusivo e a chamada Quarta Revolução Industrial não estão sendo tratados da maneira adequada, mesmo que, mundo afora, estejam sendo formuladas políticas econômicas que buscam promover os benefícios de uma integração global.
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Nos campos político e social, a situação do planeta também deixa a desejar, com divisões, falta de lideranças globais e uma busca, ainda não concluída, por um propósito coletivo que una todos.
Criado em 1971, à época como nome de Fórum Europeu de Gerenciamento, o Fórum Econômico Mundial é uma organização internacional para a cooperação entre os setores público e privado, com sede em Genebra, que busca melhorar a situação do mundo por meio das ações de grandes líderes de todo o planeta.
Suas comunidades e organizações dedicam-se a trazer mudanças positivas em 14 áreas principais, chamadas de System Initiatives, como o futuro do consumo, da energia, dos sistemas monetários e financeiros, segurança alimentar, mobilidade e segurança dos recursos naturais.
No encontro, é esperado que os participantes contribuam com algumas agendas globais, tais como a melhoria de mecanismos de governança, avanços no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o compartilhamento de ideias, inovações e descobertas de maior impacto na redefinição dos sistemas globais.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.