Empresa “colhe” eletricidade de plantas vivas
E se o telhado do seu prédio ou o quintal de sua casa tivesse um jardim que, além dos benefícios como o visual e clima mais agradáveis, gerasse eletricidade? Pois essa é uma das propostas da empresa holandesa Plant-e, que oferece produtos baseados em uma tecnologia que permite gerar eletricidade de plantas vivas.
Durante a fotossíntese, as plantas produzem material orgânico que é eliminado no solo pelas raízes. Entram em ação microrganismos, como bactérias, encontrados naturalmente no solo: eles “quebram”, ou decompõem, esse material e, no processo, liberam elétrons que são então utilizados para gerar eletricidade.
Segundo a empresa, pesquisas mostraram que as plantas não são prejudicadas pela “colheita de elétrons” e podem crescer normalmente enquanto a eletricidade é gerada. A tecnologia foi desenvolvida na Universidade Wageningen, na Holanda, e patenteada no ano passado. A Plant-e, formada por pesquisadores da própria instituição, adquiriu a patente em 2009.
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A empresa vende, por exemplo, sistemas modulares em diferentes tamanhos e formatos, para que se adequem ao local onde serão instaladas. Um metro quadrado, formado por quatro módulos, custa € 1.000 (aproximadamente R$ 3.900, fora impostos e frete).
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Como essa tecnologia pode ser aplicada onde há plantas e água em abundância, a empresa também está trabalhando para que ela possa ser aplicada em áreas úmidas, como pântanos e plantações de arroz.
Para quem quiser fazer uma pequena experiência, a empresa vende um vaso, chamado de Plant-e-Sprout, que vem com manual, material para montar três baterias e uma flor de LED.
A espécie a ser plantada no vaso e a paciência, como diz a própria empresa, fica a seu cargo; quando a energia começar a ser gerada, a flor de lâmpada LED acende. Custa € 69,95 (cerca de R$ 270, sem frete).
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.