Esponja absorve óleo derramado no mar
Cientistas do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos, desenvolveram um tipo de esponja que é capaz de absorver óleo derramado no mar, mesmo quando ele está abaixo da superfície.
A Oleo Sponge absorve até 90 vezes o seu peso em óleo. E um aspecto interessante é que ela pode ser torcida ou espremida (como fazemos com uma esponja comum) para ser limpa e reaproveitada. Além disso, o óleo ou petróleo absorvidos podem ser recuperado, também.
Segundo a agência, a motivação para desenvolver o material surgiu com os desafios para limpar o petróleo que vazou da plataforma Deepwater Horizon, em 2010, no Golfo do México, em um dos maiores desastres ambientais dos Estados Unidos.
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Foi constatado, durante a limpeza, que parte do petróleo que escapou pelo solo do mar não subiu à superfície, formando manchas que vagavam no meio do mar.
Existem várias moléculas conhecidas por “agarrar” o petróleo e outros óleos, mas o difícil era lhes dar um formato que os tornasse úteis e que segurassem bem o óleo.
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Primeiro, os cientistas analisaram espumas de poliuretano, dessas usadas no enchimento de almofadas. Elas possuem muitas reentrâncias, que poderiam ser úteis. Era preciso encontrar algum tipo de camada ou cobertura química, para que as tais moléculas que seguram óleo pudessem ser coladas nelas.
Os pesquisadores desenvolveram um produto que foi aplicado a superfície da esponja. As moléculas grudavam nele por uma ponta, e agarravam as moléculas de óleo na outra ponta.
Testes realizados em um tanque gigante de água marinha mostraram que a Oleo Sponge era capaz de absorver diesel e petróleo tanto na superfície da água quando abaixo dela. E o material é bastante resistente, dizem os cientistas.
Agora, a equipe busca parceiros para comercializar o material. O Oleo Sponge, pode, por exemplo, ser usado rotineiramente na limpeza de áreas portuárias, onde diesel e óleo se acumulam por causa do tráfego de embarcações.
O laboratório Argonne é administrado pela Universidade de Chicago e pertence ao Departamento de Energia dos Estados Unidos. As pesquisas para desenvolver o Oleo Sponge foram financiadas pela Guarda Costeira e pelo Bureau of Safety and Environmental Enforcementent (agência de segurança e fiscalização ambiental).
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.