Estudantes criam fralda biodegradável à base de mandioca
Uma equipe de cinco alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) conquistou o segundo lugar em uma premiação de empreendedorismo com uma fralda biodegradável que usa amido de mandioca no lugar de plástico comum. Os jovens são do curso técnico integrado ao ensino médio.
O projeto, chamado Toper Bio, foi um dos destaques da Maratona Células Empreendedoras MT 2017, cujos vencedores foram anunciados em 21 de fevereiro. Trata-se de uma ação da Secretaria de Estado de Ciências, Tecnologia e Inovação (Secitec) e da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que tem como proposta incentivar a cultura e o ecossistema da inovação e empreendedorismo no estado.
Nesta semana, os jovens irão até Recife para apresentar o projeto para um grupo de investidores, junto com outros vencedores da Maratona de Células Empreendedoras MT.
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Os alunos estudam no campus de Juína do IFMT, a 737 quilômetros de Cuiabá. A Toper Bio surgiu a partir de um desafio enfrentado pelo professor e orientador do grupo, Aloizio Farias, cujo pai sofre de Alzheimer, uma doença degenerativa, considerada irreversível, caracterizada pela perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção, entre outras). O pai precisava usar fraldas geriátricas, e o professor ficava na dúvida sobre o descarte adequado desse produto.
O grupo pesquisou como substituir o plástico usado nas fraldas, que é um polímero sintético feito a partir do petróleo, por um plástico de polímero natural, feito com amido da mandioca.
Wanderson Perondi Lopes, que faz parte do projeto, explica como surgiu a ideia:
Mundo afora, o amido de mandioca tem sido usado como substituto do plástico em outros produtos, como em sacolas de compras.
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Foi também do IFMT, mas de outro campus, o de Diamantino, que saiu o grupo que ficou com o primeiro lugar da Maratona. Com a startup “Aminotec – Tecnologia com Aminoácidos”, os estudantes criaram um dispositivo que libera aminoácidos no ar que atraem mosquitos. Os insetos são mortos no próprio dispositivo. Segundo o grupo, os aminoácidos não são tóxicos. Eles queriam contribuir para combater doenças como febre amarela, dengue, zika e chikungunya.
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.