Gaúchas criam roupas com restos de pneus e guarda-chuvas
O que fazer com restos de pneus e guarda-chuvas? As gaúchas Adriana Tubino e Itiana Pasetti, da Revoada, descobriram que eles podem ser substitutos sustentáveis para o couro e o nylon na produção de roupas e acessórios.
Após testes internos, a confecção passou a utilizar como matéria-prima tanto as câmaras de ar dos pneus para caminhão como o nylon dos guarda-chuvas descartados no lixo.
Para isso, ela firmou parcerias com borracharias e visita periodicamente unidades de triagem de resíduo seco, onde guarda-chuvas com engrenagem quebrada, geralmente, são encaminhados.
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Após todo material ser recolhido e separado, a borracha e o nylon seguem para uma empresa de lavagem industrial, que utiliza água da chuva para evitar o desperdício.
No processo final, pequenos ateliês de costura e cooperativas de costureiras se encarregam da fabricação das peças.
Segundo a empresa, quanto mais bonito o desenho ou a cor do tecido de nylon, mais rápido o produto reciclado é vendido. Ou seja, belas estampas são as mais buscadas.
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A Revoada calcula já ter aproveitado oito toneladas de câmaras de pneus e 10 mil unidades de guarda-chuvas, totalizando 27 mil produtos fabricados e vendidos em quatro anos.
E não é só isso. Como o negócio tem caráter social, a venda dos produtos beneficia aproximadamente 350 famílias de borracheiros, catadores de lixo e costureiras.
E a orientação para os clientes é direta: devolver o produto à empresa no final de sua vida útil, para que o material tenha a destinação correta no meio ambiente: será moído para virar asfalto.
As peças produzidas pela Revoada são vendidas no comércio e também podem ser personalizados com a marca de uma empresa. Os catálogos estão no site.
Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.