Lápis ecológico se transforma em planta
O Sprout, desenvolvido por estudantes do MIT, possui uma cápsula em uma das pontas que libera sementes no contato com a terra úmida
“Numa folha qualquer eu desenho um Sol amarelo”, diz o primeiro verso da canção “Aquarela”, de Toquinho. Se o músico conhecesse o Sprout (brotar, em português), saberia que, com esse lápis ecológico, é possível traçar, sob o amarelo do Sol de verdade, um jardim inteiro, igualmente real.
Não se trata de um lápis mágico ou qualquer coisa do gênero. Feito de cedro de alta qualidade, o Sprout possui uma cápsula em uma de suas pontas. Dentro dela, há sementes.
Enquanto lápis em sua função habitual, ele é utilizado normalmente, para desenhar e escrever o que se bem quiser. Quando fica pequeno demais para se prestar ao uso mais comum, é o momento de “plantá-lo”.
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Para tanto, basta fincá-lo, pela ponta em que está a cápsula, na terra úmida. Nela, o invólucro se decompõe e liberta as sementes que estão dentro dele. Depois, é só regar e esperar entre 14 e 28 dias para que elas comecem a brotar.
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Feito à mão, cada lápis contém ao menos quatro sementes, sendo que é possível escolher entre 12 espécies diferentes de planta: 7 ervas aromáticas – endro, manjericão, tomilho, sálvia, alecrim, coentros e hortelã –, 3 flores – calêndula, miosótis e malmequer – e 2 vegetais – pimentão verde e tomate-cereja.
Com exceção do manjericão, as outras pedem bastante luz, então é recomendado que se plante o lápis ecológico Sprout em locais banhados pelos raios do Sol amarelo a que Toquinho faz referência.
Quem desenvolveu o projeto desse lápis foram três estudantes do MIT (Massachusetts Institute of Technology), quando a eles foi proposto que criassem um produto de escritório que fosse sustentável para o futuro. Depois de oito meses de projeto e de uma campanha de levantamento de fundos pela plataforma Kickstarter, o Sprout foi lançado.
Após um ano de comercialização, cerca de 800 mil unidades do lápis ecológico foram vendidas em 40 países. Na Amazon, um conjunto com 8 desses lápis grafite sai por US$ 14,95 (R$ 62). É uma maneira bastante lúdica de colorir o planeta de verde.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.