Lavanderia social higieniza roupas de pessoas em situação de rua
Prefeitura de São Paulo coleta peças doadas em 200 pontos da cidade e providencia sua limpeza antes de entregá-las em centros de acolhimento
Na década de 1980, ficou famoso o bordão de um comercial que dizia “Bonita camisa, Fernandinho”. Era o que o chefe falava para um funcionário que vestia uma peça de roupa de fato elegante e bem-cuidada. Fernandinho tinha como mantê-la assim. Mas muitas pessoas em situação de rua não têm a mesma sorte. Assim, a Prefeitura de São Paulo lançou um programa de lavanderia social para ajudá-las a cuidar do visual.
Afinal, muitas delas nem procuram emprego por falta de roupas limpas. Ou pela falta das roupas em si.
Assim, a iniciativa, lançada em 12 de novembro na zona sul da capital, não se propõe somente a higienizar as peças. Seu objetivo é também arrecadá-las.
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Para tanto, o programa, empreendido pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), é realizado em parceria com o R.O.P.A. – Repasse Outra Para Alguém.
Essa ação, também da prefeitura, envolve o fomento à doação de roupas durante o ano todo, e não somente no inverno.
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Com o intuito de viabilizar as doações, a prefeitura vai disponibilizar 200 coletores em lugares públicos da cidade. Os primeiros 26 serão implementados em dezembro.
Uma vez coletadas, as peças de roupa serão encaminhadas para lavanderias privadas, parceiras do programa via Sindicato Intermunicipal de Lavanderias no Estado de São Paulo (Sindilav).
Esses estabelecimentos providenciarão a higienização das roupas. Em seguida, elas serão distribuídas nos 104 centros de acolhimento da capital. Eles atendem diariamente cerca de 18 mil pessoas em situação de rua.
Quem sabe muitas delas não possam se tornar novos “Fernandinhos” graças ao projeto de lavanderia social da Prefeitura de São Paulo.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.