Sala de aula feita com garrafas de plástico flutua na água
Há muito tempo já não é surpresa quando aparecem, no noticiário, imagens de imensas áreas pobres inundadas, com centenas de pessoas desalojadas, após a passagem de furacões e tempestades. Em geral, são favelas próximas ou à beira de rios e mares, onde falta interesse político e econômico ou mesmo estrutura para investir em melhorias. Em busca de uma solução que pudesse ajudar a melhorar a vida desses moradores, a empresa holandesa Waterstudio desenvolveu uma estrutura feita com madeira, arame e milhares de garrafas de plástico, que é colocada sob contêineres, desses usados para transporte de carga, fazendo com que eles flutuem sobre a água.
O interior dos contêineres, chamados de City App, pode ser transformado em salas de aula, clínica médica ou residência, de acordo com a necessidade.
Essas unidades flutuantes também são estanques, ou seja, a água não entra em seu interior. Painéis fotovoltaicos instalados no telhado geram energia solar.
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A primeira unidade deve ser entregue em Alexandria, no Egito. Ela traz 20 estações de trabalho com computadores. Foi desenhada para ser uma sala de aula durante o dia e um internet café à noite.
A Waterstudio é especializada em construir casas e outras edificações flutuantes. Com esse projeto, a empresa espera contribuir com regiões afetadas pelas mudanças climáticas. De acordo com a Waterstudio, 1 bilhão de pessoas vivem em áreas pobres perto da água, e estão sujeitas a inundações e os impactos da elevação do nível do mar.
O conceito do City Apps é inspirado no celular, em que cada pessoa baixa diferentes aplicativos que mais satisfazem suas necessidades.
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O modelo é replicável e não ocupa espaço em terra, por isso a empresa acredita que ele pode ser uma solução rápida para ajudar a melhorar serviços e saneamento em comunidades pobres em áreas úmidas, tornando-se uma ferramenta relevante para o planejamento urbano.Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.