Adotar um animal requer alguns cuidados importantes. Eles precisam de atenção, demandam gastos mensais e, principalmente, adaptação ao novo lar. Pessoas que moram em apartamentos ou casas pequenas devem optar por cães que sejam mais tranquilos. Nesse ponto vale lembrar que porte não está relacionado com temperamento, um cãozinho pequeno pode ter bastante energia, enquanto que outro maior pode ser bem sossegado.

Mas, calma! Morar em um ambiente menos espaçoso não é um empecilho. A grande dica é analisar quais pets combinam mais com o cotidiano de cada pessoa: passear todos os dias (salvo por contraindicação veterinária), brincar, levar o bichinho para interagir com outros cachorros e por aí vai.

• Saiba se você está preparado para adotar um animal 

A médica-veterinária Ana Carolina Junqueira, da ONG Aila (Aliança Internacional do Animal), explica que para adotar deve-se pensar em várias questões. “Atente-se ao tamanho do local onde o animal ficará, se é casa ou apartamento (há condomínios que não permitem animais), se há pessoas o dia todo no local, se o animal vai ficar a maior parte do tempo sozinho, se o futuro tutor viaja muito, se tem com quem deixar em caso de necessidade. É importante ter a consciência de que o animal não é descartável. Ele vai ficar com você por anos, não pode simplesmente devolver ou abandonar caso haja algum problema”.

Assim como os seres humanos, cada animal tem a sua personalidade. A fundadora da ONG Aila, Ila Franco – americana que trabalha em prol dos animais há mais de 40 anos, sendo 20 aqui no Brasil -, explica: “É importante observar as características do pet para saber se elas estão de acordo com a sua personalidade. Essa escolha se dá através da sintonia que o novo tutor vai ter com o animal”. Importante lembrar que só é possível conhecer a personalidade quando o cão não é mais filhote.

Cara de um, focinho do outro

Existem diversas variedades de animaizinhos que podem ser perfeitos para você.

Cães com mais vigor precisam de alguém que possa acompanhar o seu ritmo. Como é o caso dos filhotes, indicados para quem tem tempo para passear, brincar e gastar bastante energia. Também é fundamental que eles tenham brinquedos, espaço para correr, estímulos sensoriais e um ambiente enriquecido com objetos para saírem da rotina.

Os peludinhos jovens gostam de espaço para se exercitarem, como quintais e varandas. O tutor também precisa estar disposto a reservar tempo para fazer atividades com o pet.

Já os animais idosos costumam se dar bem com pessoas mais velhas, devido ao seu comportamento e temperamento mais calmo. Como todos os outros pets eles precisam de muito carinho, mas os passeios podem ser mais curtos e as brincadeiras, mais moderadas. Cães velhinhos demandam mais atenção quando o assunto é saúde.

Também tem os com deficiência, mobilidade reduzida, cegueira ou com algum problema crônico. “Animais com algum tipo de deficiência ou doença crônica são adequados para as pessoas compreensivas, empáticas, com sensibilidade apurada e com disponibilidade de tempo”, enfatiza Ila. “É necessário que o adotante tenha consciência de que precisará ter dinheiro para todos os cuidados necessários, como remédios e visitas periódicas ao veterinário”, complementa a veterinária Ana Carolina.

Uma das grandes vantagens da adoção de pets adultos é a oportunidade de já conhecer um pouco mais sobre sua personalidade. Dá para saber se ele rói os objetos em casa, se é mais calmo ou agitado, brincalhão ou mais sossegado e se tem alguma necessidade especial em relação à alimentação, por exemplo.

Por fim, seja qual for o perfil do seu escolhido, fique certo de que uma vida com pet é a garantia de dias mais alegres para você e para ele.

Este conteúdo é apoiado pelo Carrefour, que – em parceria com a AMPARA Animal – está programando uma série de ações em prol dos animais em todo o país. Serão mutirões de castração, eventos de adoções em suas lojas, além de treinamento, capacitação e sensibilização dos funcionários e prestadores de serviço da companhia.