4 histórias de adoção de animais que vão encher seu coração de amor
Conheça três cães e uma gatinha que ganharam uma chance de ouro e mudaram a vida de seus tutores
Tudo o que cães e gatos desejam e merecem é um lar amoroso e atencioso. E nada mais comovente do que histórias de adoção com um final feliz.
Se, por um lado, os humanos abrem as portas de suas casas e cedem um espaço em suas camas, por outro, eles também recebem muito em troca.
Reunimos aqui quatro histórias inspiradoras que mostram a importância da adoção e, sobretudo, o poder transformador do amor.
Avelar – melhor amigo de Helena
Após ser encontrado atropelado, o cãozinho Avelar foi acolhido por Stella Petrovitz Barreto, mãe de Helena, uma menina de 2 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Inicialmente, a ideia era apenas dar um lar temporário ao cachorro e depois encaminhá-lo para adoção. Porém, a ligação de Helena com o cãozinho foi tão forte que ele acabou virando um membro da família.
Com menos de cinco dias após a chegada de Avelar, os pais começaram a notar mudanças no comportamento da menina. “Ela começou a mudar muito com a gente e com os animais, de uma forma que ela ficou irreconhecível. Hoje, graças a essa união, a Helena se tornou uma criança muito diferente de 5 meses atrás e sou muito grata por isso”, diz Stella.
Segundo a Stella, a filha, que tinha dificuldades de expressão e evitava contato físico, passou a ser mais carinhosa com a família e com outros cães e vive conversando com Avelar. “Ela sabe pronunciar certinho o nome dele. Nos momentos de crise, ele não sai do lado dela. Ela deita para mamar no corpinho dele, e ele não rosna, não se sente incomodado. Eles se tratam feito irmãos. Hoje a gente não liga de morar em um apartamento com três cachorros, até porque ela está evoluindo cada vez mais. Então, a gente brinca que foi um encontro de almas”, conta.
Muriel – cadelinha que ajuda tutora em depressão
Que os animais são remédios contra a tristeza e a solidão, muitos de nós já sabemos. E seu poder terapêutico também é um aliado fortíssimo da saúde mental.
Durante o tratamento contra a depressão, Marina Benetti pôde comprovar os benefícios de desfrutar de uma companhia canina. Ela adotou Muriel, uma cachorrinha sofrida, cheia de traumas, que já havia sido adotada e devolvida algumas vezes ao abrigo.
“Ela sofreu muito na vida. Ela foi tirada da casa de um cara doido que deixou marcas na alma dela. Ela tem dentes quebrados e medo até de mosquito”, conta a atual tutora.
Muriel chegou para Marina em um momento difícil para as duas, que se juntaram para cuidar uma da outra. “Mesmo muito mal, eu sabia que eu tinha que me levantar da cama pra cuidar dela, pra sair pra passear. Ela adora comer, e eu penso que preciso preparar a comida dela e que eu preciso comer.”
Hoje, quase um ano após o encontro das duas, Marina diz que Muriel tem sido fundamental em seu processo de recuperação. “Ela ainda tem um pouco de medo de sair na rua, mas todos os dias a gente luta junto para avançar mais um pouco.”
Quitéria – gatinha companheira de viagem
Há dois anos, a gatinha Quitéria tirou a sorte grande ao cruzar o caminho de Alex Martin, que estava mochilando em Rondônia. “Uma vizinha chega com uma coisinha pequena miando e, no momento em que peguei a pequena nas mãos, na mesma hora, ela abriu os olhos amarelos e parou de miar”, lembra Alex.
A conexão foi instantânea e, embora muitos dissessem que ele não poderia ficar com ela, já que vivia na estrada, ele resolveu que não sairia de lá sem aquela bolinha de pelos rajados.
Desde então, foram várias cidades, estados, mudanças de casa. “Eu e ela temos mais de 100 horas de viagem juntos, passamos fome, frio, lutas, já chegamos a dividir o frango de uma coxinha porque era tudo o que eu poderia comprar, já cheguei a pedir dinheiro na rua, deixar de comer para comprar a raçãozinha dela, e eu não me envergonho de nada que fiz”, escreveu Alex em um texto compartilhado em suas redes sociais.
O viajante, que não tinha casa fixa, conta que desde então não se sentiu mais sozinho e garante que amor maior não há. “Tive que atravessar o país para achar o grande amor da minha vida, Quitéria. Hoje estou com minha família e, a cada instante que eu olho para a Quitéria, lembro mil coisas, mas posso dizer que valeu muito a pena.”
Picasso – cãozinho rejeitado que ganhou uma chance
Fruto de um canil ilegal nos Estados Unidos, o cãozinho batizado oportunamente de Picasso nasceu com uma deformidade no focinho. Seus irmãos logo encontraram uma família enquanto ele era constantemente rejeitado.
O tempo passou, e ele chegou a ser enviado para a fila de eutanásia. Foi então que Liesl Wilhardt, fundadora da instituição Luvable Dog Rescue, soube do caso e decidiu assumir Picasso.
Hoje, ele vive com sua tutora e outros nove cães também adotados. Além de ganhar uma família, ele foi treinado para ajudar outras pessoas com deficiência, que sofrem com o preconceito, assim como ele. “Eu amo tanto esse garoto, e ele teve uma vida difícil até agora. Quero que o resto da vida dele seja incrível”, postou Liesl em sua rede social.
Este conteúdo é apoiado pelo Carrefour, que – em parceria com a AMPARA Animal e outras ONGs – está organizando uma série de ações em prol dos animais em todo o país. São mutirões de castração, eventos de adoções em suas lojas, além de treinamento, capacitação e sensibilização dos funcionários e prestadores de serviço da companhia.