Guia de cuidados básicos com filhotes de cães e gatos
Na ausência da mãe, a ação humana é fundamental para assegurar a sobrevivência de animais recém-nascidos
Durante as primeiras semanas de vida, todos os cuidados que um filhote necessita ficam a cargo de sua mãe. Porém, quando a separação foi muito prematura ou ela não consegue produzir leite o suficiente ou ainda rejeita a cria, a ação humana é essencial para garantir a sobrevivência desse gatinho ou cachorrinho.
Reunimos aqui neste guia as informações básicas que todo tutor precisa para suprir as necessidades alimentares, ambientais e de saúde e bem-estar de um animalzinho recém-nascido.
Como cuidar de um gato ou cão filhote?
Alimentação
O leite da mãe fornece tudo o que um filhote precisa durante as primeiras quatro semanas de vida. Portanto, na falta dela, consulte um veterinário ou procure por um abrigo que possa ajudá-lo a encontrar uma gata ou cadela em período de amamentação e ser ama de leite por um tempo.
Só é preciso estar ciente de que esta é uma opção que pode não dar certo, pois nem todas as cadelas e gatas aceitam filhotes que não sejam os delas.
Se você não conseguir encontrar uma mãe adotiva, compre um substituto de leite materno industrializado em pet shops e ofereça em uma mamadeira especial para eles. Pet Milk ou Support Milk são algumas das opções de alimento completo e seguro para cães e gatos filhotes, lembrando que é de extrema importância o acompanhamento de um veterinário para orientá-lo durante esse período.
Esse leite em pó deve ser diluído na água e aquecido entre 35°C e 38°C em banho-maria. Ao amamentar o animalzinho, ele deve estar obrigatoriamente de barriga para baixo, caso contrário poderá engasgar e aspirar o líquido para os pulmões.
É muito importante não oferecer leite de vaca para o filhote, pois além de não ser facilmente digerível, pode causar diarreia.
Também vale dizer que água só deve ser apresentada a partir dos 35 dias de vida. Antes disso, o leite já cumpre o papel de hidratação.
Intervalo das mamadas
Durante a primeira semana de vida, o filhote deve mamar a cada duas horas. E mesmo que esteja dormindo, é importante respeitar esse intervalo, acordá-lo e oferecer o leite para ele.
A partir da segunda semana, as mamadas podem ser espaçadas e acontecer a cada quatro horas.
Da quarta semana em diante, já é possível iniciar o desmame, oferecendo o leite em um pires e introduzindo gradativamente alimentação pastosa, como papinhas. Entre 5 e 8 semanas, eles já são capazes de começar a comer ração.
Estimular cocô e xixi
Após cada mamada, é muito importante estimular o filhote a urinar e defecar, já que ele não consegue fazer isso sozinho.
Quando estão com a mãe, esse cuidado fica a cargo dela por meio da lambedura da região genital e anal. Já com os filhotes órfãos, essa estimulação deve ser feita com um algodão umedecido de maneira bem delicada até ele soltar a urina ou fezes. A ideia é imitar o movimento feito pela língua da mãe.
Com um mês de vida, o gatinho já pode ser apresentado à caixa de areia.
Temperatura do corpo
Durante o primeiro mês, os gatinhos e cãezinhos não são capazes de regular a temperatura corporal, por isso, é importante mantê-los bem aquecidos em caixas com cobertinhas.
Além disso, pode ser usada uma fonte de calor como uma bolsa de água quente ou uma garrafa com água aquecida envolvida em uma toalha. Mas é preciso bastante cuidado para evitar superaquecimento e queimaduras.
Esquema de vermifugação e vacinação
A vermifugação e a vacinação são extremamente importantes para proteger a infestação parasitária e a saúde do animal. Porém, o certo é sempre consultar um veterinário antes de começar esses procedimentos. Além de avaliar o estado de saúde do bichinho, ele também poderá informar o momento mais adequado para fazer a administração de vermífugos e aplicação de vacinas.