Você sabia que a sua criatividade pode virar profissão?
Dados recentes indicam que a economia criativa é um dos setores que mais cresce e emprega no país, com salários acima da média nacional.
A economia criativa, ligada às áreas de criação de novos serviços e produtos, é o mercado que mais emprega no Brasil. Também é um dos setores mais aquecidos do momento e conta com uma grande disponibilidade de vagas, principalmente nos segmentos de games, vídeos, publicidade e novas tecnologias.
Se você gosta de alguma dessas áreas, então as perspectivas são muito boas. De acordo com Cristian Cunha, coordenador do curso de Animação, VFX, Games e VR da Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC), o aumento do consumo de vídeos a partir da popularização do Netflix tem contribuído com a ampliação da atuação dentro da economia criativa. “Estamos com um espaço muito grande para o desenvolvimento de conteúdos, ainda mais na parte de entretenimento, como séries – tanto filmadas, quanto em animação”, comenta.
Foi seguindo esse caminho que Rodrigo Bispo encontrou sua vocação profissional. Enquanto estava cursando uma formação técnica em manutenção de computadores, conseguiu um emprego em uma grande emissora de televisão. Lá teve contato com o setor que criava aberturas de novelas e vinhetas de reportagem e descobriu que era isso o que queria fazer.
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Motion design (animação) feita por Rodrigo Bispo. Crédito: Rodrigo Bispo
Atualmente, ele optou pelo curso de especialização em Motion Design da EBAC – que estuda a produção de animações digitais – e se mostra positivo em relação à área. “Cada vez mais as pessoas estão consumindo conteúdos audiovisuais, o que faz com que a demanda por motion [animação] também cresça”, destaca o estudante.
Cunha também reforça que o Brasil é um dos grandes produtores mundiais de animações, com ótimo reconhecimento no mercado. O curta O Menino e o Mundo, dirigido por Alê Abreu, por exemplo, concorreu ao Oscar em 2016. A série Irmão do Jorel, veiculada no Cartoon Network é outro caso brasileiro de sucesso.
Desenho animado Irmão do Jorel, veiculado pelo Cartoon Network. Crédito: Divulgação
Além disso, Cunha destaca que dentro da economia criativa há uma grande procura por roteirista, designers, diretores de arte, especialistas em programação, animação, efeitos visuais e 3D. Se você tem interesse em alguma dessas áreas, então fique atento.
PERFIL PROFISSIONAL
O profissional que atua na economia criativa precisa ser curioso, organizado e, acima de tudo, tem que saber trabalhar em grupo, porque o desenvolvimento de uma nova ideia nunca acontece de forma isolada. Envolve várias pessoas e etapas, então o senso de trabalho em equipe é essencial.
Para Cristian Cunha a curiosidade é outra característica muito valorizada na área. “Ele não pode estar satisfeito com o que ele vê. Ele tem que buscar, ir atrás, procurar novas tendências. Tem que saber o que está sendo feito de novidade e o que está sendo aprimorado do que era antigo”, afirma.
Outra dica relevante é ter referências, afinal o processo de abstração demanda repertório. Filmes, séries, jogos, livros, músicas, exposições. Quanto mais acesso à cultura, de modo geral, diversificada, melhor. “Entre um trabalho ou outro você sempre acaba pegando algo de um filme ou um game que você viu. Toda bagagem artística que você tiver, vai te ajudar na profissão”, completa Bispo.
Esse consumo pode ajudar a entender o que está sendo produzido e, ao mesmo tempo, a conexão entre diversos produtos podem gerar coisas novas.
VAGAS DE EMPREGO
Enquanto antigamente a capacidade de ter ideias inovadoras e disruptivas era uma exigência mais ligada ao campo das artes, atualmente, pensar fora da “caixa” é um diferencial para muitas profissões. Sendo assim, a economia criativa busca pessoas com facilidade para enxergar além do óbvio, prevendo problemas, propondo soluções, trabalhando em equipe e promovendo um ambiente mais fértil para o surgimento de novas ideias.
Atualmente, mais de 250 mil empresas atuam no setor, com uma demanda profissional que parece um sonho para um país que enfrenta uma crise de desemprego tão profunda, aproximadamente 900 mil vagas de trabalho. Os salários também animam, pois são quase três vezes mais do que a remuneração média de um brasileiro, girando em torno de R$ 6.270. Os dados são de um mapeamento realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
ONDE ESTUDAR
Procure por instituições, sejam online ou não, com profissionais com boas referências e formação. Outro diferencial é saber se o local possui parcerias que possam facilitar o seu contato com o mercado de trabalho.
A Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC) oferece cursos de graduação, iniciação e especialização nas áreas de arte e design, audiovisual e computação gráfica. Têm parcerias com centros de ensino internacionais e ainda oferece o diploma de bacharelado britânico, emitido pela University of Hertfordshire, válido no Reino Unido, União Europeia e Estados Unidos.
Serviço:
EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas)
Endereço: Rua Mourato Coelho, 1404 – Vila Madalena
Site: www.ebac.art.br
EBAC nas redes sociais: Instagram: @e.b.a.c / Facebook: @escolabritanicadeartescriativas